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ID
2544214
Banca
FGV
Órgão
MPE-BA
Ano
2017
Provas
Disciplina
Engenharia Florestal
Assuntos

A madeira é um importante combustível (lenha) e, como tal, tem sido utilizada para fins energéticos.


No caso específico da combustão da madeira, são observadas as seguintes etapas, que ocorrem simultaneamente:

Alternativas
Comentários
  • No intervalo de temperatura até os 200oC, a madeira ao ser lentamente aquecida, libera inicialmente vapor de água, gases e perde massa de modo uniforme. Embora ocorra a carbonização à temperaturas acima de 95oC, a madeira não entra em ignição. Esse processo endotérmico é denominado pirólise lenta.

    Em um segundo momento, os gases passam a ser rapidamente liberados (pirólise rápida), e embora não ignizem de imediato, uma condição exotérmica é atingida. A temperatura que marca essa transição da reação endotérmica e exotérmica é considerada em muitas definições como o ponto de ignição da madeira. Por ser um material anisotrópico e com grande variabilidade, a determinação de um único registro para a madeira, não é assertivo.

    Quando a temperatura na madeira atinge a faixa entre 280oC a 500oC, libera grande quantidade de gases combustíveis que alimentam a combustão com a presença de chamas, são estes: metano, metanol, formaldeído, ácido fórmico e acético e hidrogênio e alcatrões altamente inflamáveis. Todo esse material gasoso é conduzido para fora do corpo sólido por meio de vapores, formando uma suspensão de gotículas que comporá a fumaça.

    Na combustão flamejante a liberação de gases combustíveis possibilita a ignição ao serem expostos a uma chama piloto. Os gases ignizados acabam por promover o consumo do oxigênio do entorno que, se escasseando, momentaneamente promovem a queima incompleta da madeira, a formação de carvão e a conseqüente perda de massa. O efeito isolante desse carvão recém formado retarda o tempo necessário para que a madeira atinja seu ponto exotérmico.

    A quarta etapa da degradação da madeira ocorre no intervalo de temperatura entre 500oC e 1000oC. As chamas desaparecem dando lugar a queima luminosa do monóxido de carbono e hidrogênio. Devido à incandescência do carvão remanescente que brilha com certa intensidade, essa etapa é conhecida como combustão incandescente.

    Todo o processo acima descrito com brevidade nos dá um panorama sobre o processo de combustão da madeira, ou seja, a sua degradação térmica na presença de oxigênio, tal como vemos comumente ocorrer no dia a dia. Convém ressaltar que a degradação térmica da madeira também pode ocorrer na ausência de oxigênio, geralmente em ambiente laboratorial. Esse processo de degradação é conhecido como pirólise da madeira e de modo semelhante à combustão da madeira, dela resulta a formação de diversos componentes químicos, liberação de gases inflamáveis e formação do carvão.