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Feitosa destaca que 11 das 159 galerias da feira têm participação exclusivamente feminina, estando situadas sobretudo nos segmentos curatoriais da feira como o Solo, o Repertório e o Núcleo de Performance. E anuncia que uma das dez visitas guiadas oferecidas ao público realizará um circuito dedicado às mulheres na arte do século 20. Segundo a pesquisadora Bruna Fetter, autora de Narrativas Conflitantes & Convergentes: As Feiras nos Ecossistemas Contemporâneos da Arte, esse resultado é “um fenômeno interessante, que advém de um grande esforço coletivo das mulheres, reivindicando mais espaço e visibilidade nas instituições”.
Dentre os espaços da SP-Arte que privilegiam a participação feminina se destaca a galeria Cheim & Read, que optou por trazer, em sua primeira participação, um trio feminino de peso: Louise Bourgeois, Lynda Benglis e Joan Mitchell. “Acredito que estamos numa época de revisionismo, reconsiderando artistas mulheres de grande importância histórica. Parece que o Brasil é um lugar ideal para expormos agora, especialmente porque tem uma história tão rica cultural de importantes artistas – Tarsila do Amoral, Lygia Clark, Beatriz Milhazes, Tomie Ohtake e Lygia Pape para citar apenas algumas”, afirma o galerista Adam Sheffer.
Dentre os destaques internacionais é possível citar os trabalhos da croata Sanja Iveković e da austríaca Renate Bertlmann, como exemplos de mulheres que lidam com a questão da desigualdade de gênero em seus trabalhos. Há também várias brasileiras, de diferentes gerações, como Judith Lauand, Carolina Martinez e Lydia Okumura.
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