SóProvas


ID
2559550
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRE-RJ
Ano
2017
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

A Administração Pública, atualmente, tem como paradoxo principal a necessidade de ser empreendedora, isto é, aproveitar as oportunidades de mercado, e o problema de como financiar as novas oportunidades. O processo de inovação das instituições públicas é bastante complexo e enfrenta muitas dificuldades. São considerados fatores restritivos à prática empreendedora, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • A questão utilizou recursos de interpretação de textos para confundir os candidatos. A questão quer que você marque a assertiva a qual NÃO RESTRINGE A PRÁTICA EMPREENDEDORA DA ADM. PÚBLICA.

     

     b)Visão a longo prazo das lideranças. CERTA. A ideia é que, qualquer processo de gestão empreendedora seja aplicada com fins de longo prazo. Ou seja, visando os benefícios que aquilo poderá trazer para o orgão público depois de alguns meses ou anos. Por exemplo, se um orgão público utiliza a ferramenta de qualidade "diagrama de causa e efeito", ele está inserindo essa ferramenta para verificar as causas que geram uma falha no processo de gestão, com o objetivo de que em um determinado tempo tais falhas não voltem a ocorrer. 

     

     

  • atrapalhou na questão de interpretação, apenas!   Ler com calma

  • consulplan sendo consulplan

  • Me enrolei na interpretação de texto! 

    Respondendo questões e aprendendo... 
    Sigamos!

  • Não consegui entender o enunciado 

     

    erreiiii 

  • Que pergunta doida, não entendi foi nada e acabei errando. Gab B
  • Fez uma confusão danada que também não entendi direito.

  • Ainda estou confuso

  • ufa!! vendos os comentarios dos colegas vi que não sou eu o problema kkkk

  • por que a D está errada? "Suas receitas são baseadas num orçamento"

  • Excelente comentário do Allan Silva. Certíssimo! Obrigada.
  • Para resolução da questão em análise, faz-se necessário o conhecimento do Empreendedorismo.

    Diante disso, vamos a uma breve explicação.

    Segundo Dornelas (2003), o empreendedorismo significa fazer algo novo, diferente, mudar a situação atual e buscar novas oportunidades de negócio, tendo como foco a inovação e a criação de valor.

    O autor versa que, apesar da multiplicidade de conceitos para o empreendedorismo, é possível sintetizar os conceitos nas características descritas abaixo.

    - Fazer diferente;
    - Empregar recursos disponíveis de forma criativa;
    - Aceitar assumir riscos calculados e a possibilidade de fracassar;
    - Buscar oportunidade e inovar, sendo sempre um processo de criação de valor.

    Já na administração pública, a obra de David Osborne e Ted Gaebler, Reinventando o Governo (1994), é o marco na nova discussão da administração pública baseada na ideia do Empreendedorismo Governamental, ou seja, para os autores é necessário redefinir a atividade do governo, dando mais flexibilidade para atuar contra as situações complexas do ambiente que muda cada vez mais rápido. Segundo a citada teoria, o governo interveria na ordem econômica do Estado, mas migrando de uma ideia burocrática focada nos meios para uma organização mais eficaz, focada no resultado e inclusão dos cidadãos.

    Osborne e Gaebler (1992) organizaram uma lista com 10 conceitos para a mudança do governo, citados abaixo:

    1. Governo catalisador - os governos não devem assumir o papel de implementador de políticas públicas sozinhos, mas sim harmonizar a ação de diferentes agentes sociais na solução de problemas coletivos;

    2. Governo que pertence à comunidade - os governos devem abrir-se à participação dos cidadãos no momento de tomada de decisão;

    3. Governo competitivo - os governos devem criar mecanismos de competição dentro das organizações públicas e entre organizações públicas e privadas, buscando fomentar a melhora da qualidade dos serviços prestados. Essa prescrição vai contra os monopólios governamentais na prestação de certos serviços públicos;

    4. Governo orientado por missões - os governos devem deixar de lado a obsessão pelo seguimento de normativas formais e migrar a atenção na direção da sua verdadeira missão;

    5. Governo de resultados - os governos devem substituir o foco no controle de inputs para o controle de outputs e impactos de suas ações, e para isso adotar a administração por objetivos;

    6. Governo orientado ao cliente - os governos devem substituir a autorreferencialidade pela lógica de atenção às necessidades dos clientes/cidadãos;

    7. Governo empreendedor - os governos devem esforçar-se a aumentar seus ganhos por meio de aplicações financeiras e ampliação da prestação de serviços;

    8. Governo preventivo - os governos devem abandonar comportamentos reativos na solução de problemas pela ação proativa, elaborando planejamento estratégico de modo a antever problemas potenciais;

    9. Governo descentralizado - os governos devem envolver os funcionários nos processos deliberativos, aproveitando o seu conhecimento e capacidade inovadora. Além de melhorar a capacidade de inovação e resolução de problemas, a descentralização também é apresentada como forma de aumentar a motivação e autoestima dos funcionários públicos;

    10. Governo orientado para o mercado - os governos devem promover e adentrar na lógica competitiva de mercado, investindo dinheiro em aplicações de risco, agindo como intermediário na prestação de certos serviços, criando agências regulatórias e institutos para prestação de informação relevante e, assim, abatendo custos transacionais.

    Neste contexto, a liderança passa a ser vista como de fundamental valor nos anos 90. As organizações passam a precisar de líderes, não mais gerentes, em seus pontos - chave. Ser líder significa desenvolver-se a si mesmo para poder influenciar e inspirar os outros, ter habilidades de comunicar e influenciar, compreender o contexto atual, tendo uma visão além da situação imediata para buscar um futuro de sucesso sustentável a longo prazo.

    Ante ao exposto, a única alternativa que não é considerada um fator restritivo à prática empreendedora é a visão de longo prazo das lideranças (letra B), que é uma característica positiva que contribui para a sustentabilidade organizacional.


    Fonte:

    DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo Corporativo: como ser empreendedor, inovar e se diferenciar na sua empresa. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.


    Gabarito do Professor: Letra B.