A PSICOLOGIA CIENTÍFICA
O berço da Psicologia moderna foi a Alemanha do final do século
19. Wundt, Weber e Fechner trabalharam juntos na Universidade de
Leipzig. Seguiram para aquele país muitos estudiosos dessa nova
ciência, como o inglês Edward B. Titchner e o americano William James.
Seu status de ciência é obtido à medida que se “liberta” da
Filosofia, que marcou sua história até aqui, e atrai novos estudiosos e
pesquisadores, que, sob os novos padrões de produção de
conhecimento, passam a:
• definir seu objeto de estudo (o comportamento, a vida psíquica, a
consciência);
• delimitar seu campo de estudo, diferenciando-o de outras áreas de
conhecimento, como a Filosofia e a Fisiologia;
• formular métodos de estudo desse objeto;
• formular teorias enquanto um corpo consistente de conhecimentos na
área.
Essas teorias devem obedecer aos critérios básicos da
metodologia científica, isto é, deve-se buscar a neutralidade do
conhecimento científico, os dados devem ser passíveis de comprovação,
e o conhecimento deve ser cumulativo e servir de ponto de partida para
outros experimentos e pesquisas na área.
Os pioneiros da Psicologia procuraram, dentro das possibilidades,
atingir tais critérios e formular teorias. Entretanto os conhecimentos
produzidos inicialmente caracterizaram-se, muito mais, como postura
metodológica que norteava a pesquisa e a construção teórica. (Psicologias: Uma Introdução ao Estudo da Psicologia, p.51)