A mariposa é pequena e de coloração branca. É a principal praga da cultura do café, podendo ser encontrada nos lugares onde se cultiva as Rubiáceas. Possui hábito noturno e o seu ataque ocorre durante todo o ano, tendo um pico populacional entre os meses de outubro e junho.
Danos: As lagartas penetram no mesófilo foliar, causando destruição do parênquima. As regiões destruídas vão secando e a área atacada vai aumentando com o desenvolvimento da lagarta. É comum encontrar-se mais de uma lagarta em uma folha. A ação das largartas provoca a formação das minas nas folhas, provocando a queda e a destruição das mesmas. Isso reduz a capacidade fotossintética da planta, acarretando em diminuição da produção. Os sintomas são mais visíveis na parte alta da planta, onde se observa um grande desfolhamento, quando o ataque é intenso. Cafeeiros conduzidos em empaçamentos mais largos tme tendência a uma maior infestação da praga. Tem-se observado maiores prejuízos quando o ataque ser dá em períodos de maior intensidade pluvial.
Controle: Utilizar inseticidas específicos, de modo que não prejudiquem os inimigos naturais, visto que o bicho mineiro é parasitado por um grande número de insetos. Outra medida adequada é a eliminação de ervas daninhas dos cafezais, o que diminui a ação da praga, sendo recomendada a capina racional dos mesmos. Evitar o uso de cobertura morta e culturas intercalares.
biccho mineiro : É uma das pragas-chave da cultura, responsável por grandes prejuízos econômicos, pela diminuição da produção em decorrência da redução da área foliar e da desfolha. O inseto adulto é uma mariposa branca, com 6,5
mm de envergadura. A fêmea realiza a postura na face superior da folha, sendo que, após a eclosão, a lagartinha
penetra na folha, onde permanece, se alimentando, durante toda a fase larval. Regiões com período seco bem definido e prolongado, baixa umidade relativa do ar, localização da lavoura em face soalheira (faces quentes e ensolaradas), uso excessivo de produtos cúpricos, uso de inseticidas pouco seletivos que eliminam os inimigos naturais sãofatores que favorecem a severidade do ataque do bicho-mineiro.
A broca-do-café (Hypothenemus hampei) é uma praga chave do cafeeiro Coffea arabica, sendo encontrada em todas as regiões produtoras do país. Seus prejuízos são quantitativos, pela diminuição da produção, e principalmente qualitativos, pela depreciação do tipo e qualidade da bebida. Com a proibição do uso do agrotóxico endosulfan em 2013, os cafeicultores se viram com poucas opções para o controle da broca.. Lavouras velhas e fechadas requerem maiores cuidados, pois em tais condições são mais suscetíveis ao ataque da broca, por oferecerem ambiente favorável ao inseto, como sombreamento, maior umidade, maior número de frutos remanescentes do ano anterior etc.
ácaro vermelho: Ataca a parte superior das folhas do cafeeiro, especialmente nos ponteiros, onde raspam a epiderme foliar, perfurando as células e se alimentando do conteúdo celular, causando a perda do brilho natural das folhas, daí o nome de ácaro do bronzeamento. As folhas atacadas ficam com aspecto sujo, provocado pelo acúmulo de poeira, detritos e cascas da ecdise (troca de “pele”) na sua superfície, ficando retidos por finas teias produzidas pela praga.
O ataque do ácaro vermelho tem início em reboleiras, podendo evoluir para toda a lavoura, limitando o crescimento das folhas e causando a desfolha, resultando no atraso do desenvolvimento de cafeeiros jovens. Os fatores predisponentes ao ataque do ácaro vermelho são a estiagem prolongada, uso de fungicidas cúpricos e de alguns inseticidas piretróides.