CIRURGIAS SEGURAS SALVAM VIDAS - MANUAL ANVISA
Demarcação da lateralidade:
O Protocolo Universal estabelece que o local ou locais a serem operados devem ser demarcados. Isto é particularmente importante em casos de lateralidade, estruturas múltiplas (p.ex. dedos das mãos e dos pés, costelas) e níveis múltiplos (p.ex. coluna vertebral).
O protocolo estipula que a demarcação deve ser:
• no sítio operatório ou próximo a ele; sítios não-operatórios não devem ser demarcados;
• claramente visível, sem ambiguidades e feita com um marcador permanente para que a marcação não seja removida durante a preparação do sítio (os serviços de saúde podem escolher métodos diferentes de marcação, mas o protocolo deve ser consistente a fim de impedir qualquer ambiguidade. As orientações da Agência Nacional para Segurança do Paciente no Reino Unido recomendaram o uso de uma seta desenhada na pele e apontando para o local, pois uma cruz poderia denotar um local que não deve ser operado e introduzir um elemento de ambiguidade (12). A Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos aprova o protocolo “assinale o local” no qual os cirurgiões escrevem suas iniciais ou nome no sítio operatório (13).);
• feita pelo cirurgião que realizará o procedimento (para fazer com que as recomendações sejam praticáveis; entretanto, esta tarefa pode ser delegada desde que a pessoa que vá fazer a demarcação também esteja presente durante a cirurgia, particularmente no momento da incisão (14).); e
• concluída, na medida do possível, enquanto o paciente esteja alerta e acordado, pois o envolvimento do paciente é importante.