Também Netto (2001, p. 48‑49) aponta essa necessidade, considerando que
o problema teórico consiste em determinar concretamente a relação entre as expressões emergentes e as modalidades imperantes de exploração.
Esta determinação, se não pode desconsiderar a forma contemporânea da "lei geral da acumulação capitalista", precisa levar em conta a complexa totalidade dos sistemas de mediações em que ela se realiza. Sistemas nos quais, mesmo dado o caráter universal e mundializado daquela "lei geral", objetivam‑se particularidades culturais, geopolíticas e nacionais que, igualmente, requerem determinação concreta. [...] Em poucas palavras: a caracterização da "questão social", em suas manifestações já conhecidas e em suas expressões novas, tem de considerar as particularidades histórico‑culturais e nacionais.
Daí a necessidade de particularizar o debate quando se pensa na relação capital/trabalho, considerando os elementos históricos singulares de cada país, aliados às determinações mais gerais do capitalismo quanto à propriedade e às relações de produção.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-66282012000300003