Com relação ao desenvolvimento da capacidade de conceituar, em aulas de filosofia, e partindo-se da aceitação da afirmação
de que “não há filosofia sem conceito” (Frédéric Cossutta, 2001, p. 41) e de considerações apresentadas por Lídia M. Rodrigo
(2009, p. 39 a 63), fica clara a dificuldade da obtenção de resultados positivos nesta empreitada. Até porque, como é dito aí, há
duas dificuldades no trabalho com o conceito: a primeira é a da passagem da concretude da experiência à abstração conceptual
e a segunda é a da passagem da abstração conceptual às situações singulares da experiência vivida. O texto de Rodrigo
apresenta sugestões. Dentre elas a de caminhar gradualmente através de “pontes cognitivas que facilitem a passagem do
concreto ao abstrato”. O uso de metáforas, analogias, comparações, exemplificações e outros meios é sugerido, mas com uma
ressalva importante: “... é preciso certo cuidado no emprego desses recursos. Eles constituem pontos de apoio para a abstração,
não seu substitutivo; um exemplo ou uma analogia, por mais adequados que sejam, não podem ser tomados como equivalentes
do próprio conceito”.
Considere:
I. Sem conceitos não há filosofia e nem o filosofar.
II. Em aulas de filosofia, é fundamental o trabalho com o conceito e com a busca de desenvolvimento do processo de
conceituar nos alunos.
III. A busca de desenvolvimento do processo de abstrair por parte dos alunos não é um trabalho fácil, mas é fundamental
para que aulas de filosofia sejam, de fato, filosóficas.
IV. Há caminhos facilitadores deste desenvolvimento e cabe ao professor de filosofia buscá-los, como a utilização de
analogias, comparações, exemplificações e outros.
V. A exemplificação é facilitadora no processo de busca do desenvolvimento da conceituação nos alunos, mas, por si
mesma, não basta. Ela é recurso para algo mais que é a produção conceitual.
Está correto o que se afirma em