SóProvas


ID
2617840
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
STM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Engenharia Civil
Assuntos

Julgue o próximo item, relativo a patologia e recuperação de construções.


Por meio de ensaios não destrutivos do tipo ultrassom, é possível estimar a profundidade da carbonatação, patologia comum em estruturas metálicas.

Alternativas
Comentários
  • A carbonatação é uma patologia comum em estruturas de concreto, e o ensaio do tipo ultrassom, que é não destrutivo, é utilzado para estimar a profundidade da corrosão das armaduras de aço dentro do concreto.

     

    bons estudos

  • O ensaio mais indicado para verificar a frente de carbonatação é a utilização de solução com fenolftaleína, em que a profundidade que não reagir com o produto é a camada já influenciada pela carbonatação
  • Carbonatação = reação natural entre  álcalis do cimento + CO2 atmosférico, requer umidade. Comum em estruturas de concreto como fundações de pontes, por exemplo. 

  • Ensaio da fenolftaleína (utlizado para medir a profundidade da carbonatação) requer a exposição do concreto a ser ensaiado. Se adicionarmos solução de fenolftaleína em um meio ácido ela fica incolor. Por outro lado, se o meio for básico e acima de 9,3, a solução de fenolftaleína se torna vermelho carmim. Pode-se, portanto, concluir que as parter incolores sofreram carbonatação pois o PH do concreto não carbonatado deve ser básico. 

  • ENSAIO ULTRASSOM

     

    -> velocidade de um pulso de ondas longitudinais através de um material depende de suas propriedades elásticas e densidade.

    ->  No mundo todo há equipamentos portáteis disponíveis para a execução do ensaio de ultrassom em estruturas de concreto (figura 7). No Brasil, o procedimento de ensaio pelo método do ultrassom é estabelecido na NBR 8802:1994.

    -> O método do ultrassom pode ser usado para a detecção de defeitos no interior do concreto, bem como de alterações decorrentes da deterioração devido a um ambiente agressivo e a ciclos de gelo-degelo. Além disso, esse método de ensaio possibilita estimar a resistência à compressão do concreto tanto em corpos de prova moldados durante a concretagem, quanto em testemunhos e na própria estrutura (Malhotra & Carino, 2004).

    -> Porém, essa estimativa é influenciada por diversos fatores relacionados com a composição (dimensão, granulometria, tipo e teor de agregados), cura do concreto, geometria da peça ensaiada e presença de armadura.

     

    ENSAIO DE CARBONATAÇÃO

     

    -> O ensaio de carbonatação consiste na visualização da alteração do pH do concreto de cobrimento, o que é possível pela aspersão de um indicador de pH. Usualmente, utiliza-se uma solução de fenolftaleína (1 g da fenolftaleína em 50 ml de álcool etílico e diluição desta mistura em água destilada até completar 100 ml).

    -> Para o ensaio, o concreto de cobrimento é fraturado e, após a limpeza da área, feita a aspersão da solução. Na oportunidade, pode ser também verificado o estado e o diâmetro efetivo da armadura e determinada a espessura efetiva do concreto de cobrimento.

     

    -> A norma DIN EN 14630 (2007) recomenda a aspersão da solução de fenolftaleína perpendicularmente à área fraturada, até que o concreto esteja saturado (o escorrimento da solução na superfície deve ser evitado). A frente de carbonatação é o valor médio da espessura da camada incolor. Quanto da obtenção de valores significativamente maior dos demais o mesmo não deve ser incluído no cálculo do valor médio, embora deva ser informado.

     

    -> Andrade (1992) cita que, com o uso de fenolftaleína, é detectada a região carbonatada do concreto que é aquela que não apresenta alteração de coloração, tendo pH inferior a 8,3. A região não carbonatada assume cor entre rosa a vermelho-carmim, de pH entre 8,3 e 9,5, ou somente vermelho carmim, de pH superior a 9,5.

     

    -> Sabendo-se que o aço carbono pode despassivar-se em pH por volta de 11,5 (Nace RP0187, 2008), há possibilidade que na região de coloração vermelho-carmim o aço esteja despassivado ou com corrosão já estabelecida (Nace SP0308, 2008).

     

    -> Portanto, embora o ensaio de carbonatação com solução de fenolftaleína seja adequado para investigar a corrosão, recomenda- se que os seus resultados sejam analisados em conjunto com outros ensaios, especialmente exame visual da armadura.

     

     

  • ERRADO

     

    ULTRASOM > HOMOGENEIDADE CONCRETO

     

    GAMOGRAFIA > CORROSÃO ARMADURA

     

    ENSAIO DE FENOLFTALEINA > PROFUNDIDADE CARBONATAÇÃO

  • Carbonatação é uma patologia comum em estruturas de concreto, onde o CO2 da atmosfera entra na estrutura pelas fissuras e reage com a cal presente no concreto, diminuindo seu pH. Para saber a profundidade da carbonatação é necessário o uso de um indicador de pH, como a fenolftaleína.

  • Ensaios de medida de profundidade de carbonatação:

    difração de raios -x

    análise térmica diferencial

    espectroscopia por infravermelho

    termogravimetria

    MEV (microscopia eletrônica de varredura)

    indicador ácido/base (indicador PH)  ----> FENOLFTALEINA  (MAIS USADO)

     

    http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9129/1/CT_COECI_2016_2_9.pdf

     

     

  • Para solucionar essa questão precisamos colocar em prática nossos conhecimentos sobre manifestações patológicas em estruturas de concreto armado.

     

    As manifestações patológicas são a manifestação de mecanismos de deterioração que agem sobre o concreto e afetam sua qualidade e resistência. Nesse contexto, a carbonatação é um mecanismo de deterioração que ocorre pela interação do gás carbônico da atmosfera com a pasta de cimento hidratada. Nesse processo é formado ácido carbônico, que reduz o pH do concreto, e a reação química com o concreto forma carbonato de cálcio e água, dando origem à manifestação patológica. Isso é mais frequente em estruturas de concreto armado submetidas à agressividade da atmosfera urbana e industrial.  A carbonatação provoca o aparecimento de manchas escuras e sua progressão pode resultar em fissuração, destacamento do cobrimento do aço, corrosão das armaduras, perda de aderência do aço e da armadura, entre outras. As medidas preventivas consistem em dificultar o ingresso dos agentes agressivos ao interior do concreto. O cobrimento das armaduras e o controle da fissuração minimizam este efeito, sendo recomendável um concreto de baixa porosidade.

     

    Para avaliar a profundidade da carbonatação emprega-se indicadores ácido-base, dos quais a fenolftaleína é a mais utilizada. Com esse procedimento, a região não carbonatada assumirá uma cor em tons de rosa, enquanto a região carbonatada não terá sua cor alterada.

     

    O ensaio do tipo ultrassom é utilizado para avaliar a homogeneidade do concreto. Portanto, a afirmação da questão está errada.

     

    Gabarito do professor: ERRADO.