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O CMV, ou Custo das Mercadorias Vendidas, é a soma das despesas que uma empresa tem para produzir, armazenar e comercializar determinada mercadoria, até que ela seja vendida e se transforme em receita para a empresa.
https://www.erpflex.com.br/blog/cmv-custo-das-mercadorias-vendidas
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I Sendo a despesa um bem ou serviço consumido com vistas à obtenção de uma receita, a expressão custo das mercadorias vendidas é tecnicamente incorreta: é, antes, uma despesa do que um custo. ==> CERTO.
II O custeio por absorção está apoiado no regime de competência: só se registram em contas de resultado os custos fixos e os variáveis dos produtos e das mercadorias que tenham sido efetivamente vendidos. ==>CERTO
III Um contrato de manutenção de equipamentos industriais com cláusula de reajuste periódico pelo índice de preços é um exemplo de custo variável. ==> ERRADO. Custo variável é aquela que varia conforme o nível de produção. No caso da alternativa, trata-se de custo fixo, pois independe da produção, mesmo tendo seu valor alguma variação ou reajuste.
IV Se o salário do pessoal da área produtiva for contratado por mês e não por peça produzida, o custo da mão de obra torna-se um custo indireto. ==> ERRADO. Continuará a ser um custo direto, pois é diretamente relacionado à produção. A alteração será de custo variável p/ custo fixo.
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Vamos comentar item por item.
Item I - CERTO. É o que leciona o ilustríssimo professor e mestre, Eliseu Martins, que passo a citar: "A mercadoria
adquirida pela loja comercial provoca um gasto (genericamente), um investimento (especificamente), que se
transforma numa despesa no momento do reconhecimento da receita trazida pela venda, sem passar pela fase de
custo. Logo, o nome Custo das Mercadorias Vendidas não é, em termos técnicos, rigorosamente correto."
Item II - CERTO. O Custeio por Absorção é o método derivado da aplicação dos princípios de contabilidade geralmente
aceitos. Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos
bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para
todos os produtos ou serviços feitos. É por aplicar o princípio da competência que ele é o método aceito pela nossa legislação.
Item III - ERRADO. A classificação em Custos Fixos e Variáveis leva em consideração a unidade
de tempo, o valor total de custos com um item nessa unidade de tempo e o volume de atividade. Não se trata,
como no caso da classificação de Diretos e Indiretos, de um relacionamento com a unidade produzida. O fato de o contrato ser reajustado mensalmente em função de qualquer índice e não ser igual em dois períodos subsequentes, não deixa de ser um Custo Fixo, já que em cada período seu valor é
definido e independe do volume produzido.
Item IV - ERRADO. Quando se trata especificamente da mão-de-obra, Consideremos o seguinte: DIRETA: diz
respeito ao gasto com pessoal que trabalha e atua diretamente sobre o produto que está sendo elaborado; INDIRETA: relativa ao pessoal de chefia, supervisão ou ainda atividades que, apesar de vinculadas à
produção, nada têm de aplicação direta sobre o produto: manutenção, prevenção de acidentes, Contabilidade
de Custos, programação e controle da produção etc.
Gabarito: A.
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COMENTÁRIO:
III Um contrato de manutenção de equipamentos industriais com cláusula de reajuste periódico pelo índice de preços é um exemplo de custo variável.
ERRADO. Custos variáveis são aqueles cujos valores se alteram em função do volume de produção, logo, não se fala em custo variável variações, reajustes ocorridos por fatores externos.
IV Se o salário do pessoal da área produtiva for contratado por mês e não por peça produzida, o custo da mão de obra torna-se um custo indireto.
ERRADO. Mão de obra da fábrica não se confunde com custo indireto, visto que sua apropriação se faz diretamente aos produtos produzidos, não necessitando,assim, de rateio.
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Gabarito: Letra A.
Comentário:
Vamos aos itens:
I. Sendo a despesa um bem ou serviço consumido com vistas à obtenção de uma receita, a expressão custo das mercadorias vendidas é tecnicamente incorreta: é, antes, uma despesa do que um custo.
Item CERTO. É exatamente isso. Todo e qualquer item da demonstração do resultado é DESPESA! Levem sempre isso para a prova. Ou seja, o nome certo para a conta seria: DESPESA RELATIVA AO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS.
II. O custeio por absorção está apoiado no regime de competência: só se registram em contas de resultado os custos fixos e os variáveis dos produtos e das mercadorias que tenham sido efetivamente vendidos.
Item CERTO. De fato, o custeio por absorção é o único método que está totalmente apoiado no regime de competência.
Após a separação dos gastos em custos e despesas (também em investimentos), sabe-se que as despesas irão diretamente para o resultado (DRE), enquanto os custos são apropriados aos produtos que integram o estoque (os custos diretos são apropriados de forma direta e os indiretos, de forma indireta, utilizando critérios de rateio).
Somente quando da sua venda, os estoques passam a integrar o resultado, sob a forma de CPV (Custo dos produtos vendidos). Os estoques que ainda não foram vendidos permanecem no ativo da empresa, e não vão para o resultado, respeitando a legislação contábil brasileira (regime de competência).
O esquema ao lado ajuda muito na visualização da situação para o custeio por absorção.
III. Um contrato de manutenção de equipamentos industriais com cláusula de reajuste periódico pelo índice de preços é um exemplo de custo variável.
Item ERRADO. Lembro a você que os custos variáveis são aqueles que variam de acordo com o volume de produção (nível de atividade). No caso do item, reajuste periódico pelo índice de preços não transforma o custo em variável, ele continua sendo fixo.
IV. Se o salário do pessoal da área produtiva for contratado por mês e não por peça produzida, o custo da mão de obra torna-se um custo indireto.
Item ERRADO. O custo é classificado como indireto se houver a necessidade de critérios de rateio para apropriá-los aos produtos (objetos de custo).
O fato de o salário da área produtiva ter sido contratado por mês e não por peça produzida não altera a classificação do custo da mão de obra como direto ou indireto, mas altera a sua classificação quanto ao nível de atividade: fixo, quando contratado por mês; e variável, quando contratado por peça produzida.
Sendo assim, apenas os itens I e II estão corretos.