O ciclo da borracha foi um momento da história econômica e social do Brasil, relacionado com a extração de látex da seringueira e comercialização da borracha. Teve o seu centro na região amazônica, e proporcionou expansão da colonização, atração de riqueza, transformações culturais, sociais, arquitetônicas, e grande impulso ao crescimento de Manaus, Porto Velho e Belém, até hoje capitais e maiores centros de seus respectivos estados, Amazonas, Rondônia e Pará. No mesmo período, foi criado o Território Federal do Acre, atual Estado do Acre, cuja área foi adquirida da Bolívia, por meio da compra no valor de 2 milhões de libras esterlinas, em 1903. O ciclo da borracha viveu seu auge entre 1879 e 1912, tendo depois experimentado uma sobrevida entre 1942 e 1945, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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AS IMIGRAÇÕES NORDESTINAS
Impelidos pela violenta seca, que se abateu nos diversos estados do Nordeste, eliminando quase que inteiramente todo o rebanho da região, de 1877 a 1880, os nordestinos viram-se forçados a emigrar para a Amazônia. Calcula-se que cerca de 300 mil imigrantes teriam provindo do nordeste entre 1870 e 1920, em diferentes momentos. A princípio ter-se-iam dirigido para a região, os emigrantes vindos, sobretudo, do Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte e, em seguida, de outros estados.
A MÃO-DE-OBRA INDÍGENA
A iniciativa dirigida aos índios pelo governo era tão violenta quanto igualmente exploradora. A política voltava-se para a integração dos índios à sociedade nacional mediante o aliciamento de muitos membros dos mais variados grupos e tribos para o trabalho de produção da borracha, dentre outras ocupações.
Ademais, os povos indígenas perdiam membros graças às epidemias e vícios trazidos pelos imigrantes, bem como tinham suas terras cada vez mais subtraídas..
ANEXAÇÃO DO ACRE AO TERRITÓRIO BRASILEIRO
Em 1902, o gaúcho Plácido de Castro, liderando os seringueiros brasileiros, toma a vila de Xapuri e proclama a independência do Acre, visando posterior anexação do Estado independente do Acre ao Brasil.
Entretanto, a disputa somente chegara ao término com o acordo firmado com o Brasil e a Bolívia, em 1903, chamado de Tratado de Petrópolis.
Pelo Tratado, o Acre foi anexado ao Brasil e, em troca, este se comprometeu em doar à Bolívia uma pequena faixa de terra que lhe permitia ter acesso ao Rio Madeira, a pagar 2 milhões de libras esterlinas ao governo boliviano e a concluir a estrada de ferro Madeira-Mamoré para ligar a Bolívia ao Oceano Atlântico.
Abertura do Rio Amazonas à navegação: O Navio a Vapor
O navio a vapor foi, então, introduzido na região; entretanto, como o governo não dispunha de recursos para o investimento, concedeu à iniciativa privada o monopólio para explorar a navegação a vapor da região.
O convite foi feito a Irineu Evangelista de Sousa – Barão de Mauá – a quem foi concedido o monopólio, através da Lei 1.037, da navegação do Rio Amazonas à empresa nacional Companhia de Navegação e Transportes do Amazonas, que iniciou suas atividades operando com três navios em 1852 e, em apenas quatro anos, a receita da companhia triplicou e a frota foi ampliada para dez navios.
Com o aumento da demanda da borracha, a lei foi anulada e o monopólio da Companhia de Mauá foi quebrado, sobretudo com a abertura do Rio Amazonas à navegação estrangeira, em dezembro de 1866, permitindo-se a introdução de outras companhias de navegação, tais como: a Companhia Fluvial Paraense e a Companhia Fluvial do Alto Amazonas, além de outras frotas particulares.
Fonte: Aleks Palitot - Trilhando a história