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ID
2644669
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEDUC-AL
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Documento I


      Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram o meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.

A carta-testamento do presidente Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 23 de agosto de 1954. In: Discursos selecionados do presidente Getúlio Vargas. Brasília: FUNAG, 2010, p. 58.


Documento II


      Não vos preciso recordar, nem quero fazê-lo agora, o mundo de obstáculos que se afiguravam insuportáveis para que o meu Governo concretizasse a vontade do povo, expressa através de sucessivas constituições, de transferir a Capital para este planalto interior, centro geográfico do País, deserto ainda há poucas dezenas de meses.

Discurso de JK na inauguração de Brasília. Brasília, 21 de abril de 1960. In: Luiza Helena Nunes Pinto (org). Discursos selecionados do presidente Juscelino Kubitschek. Brasília: FUNAG, 2010. p. 51-2.


Documento III


      Nenhuma força será capaz de impedir que o governo continue a assegurar absoluta liberdade ao povo brasileiro. E, para isso, podemos declarar, com orgulho, que contamos com a compreensão e o patriotismo das bravas e gloriosas Forças Armadas da Nação. Hoje, com o alto testemunho da Nação e com a solidariedade do povo, reunido na praça que só ao povo pertence, o governo, que é também o povo e que também só ao povo pertence, reafirma os seus propósitos inabaláveis de lutar com todas as suas forças pela reforma da sociedade brasileira. Não apenas pela reforma agrária, mas pela reforma tributária, pela reforma eleitoral ampla, e pelo voto do analfabeto, pela elegibilidade de todos os brasileiros, pela pureza da vida democrática, pela emancipação econômica, pela justiça social e pelo progresso do Brasil.

Discurso do presidente João Goulart na Central do Brasil Rio de Janeiro (RJ), 13 de março 1964. In: Wanielle Brito Marcelino (org). Discursos selecionados do presidente João Goulart. Brasília: FUNAG, 2010. p. 89.

Tendo os trechos dos documentos históricos precedentes como referência inicial, julgue o seguinte item, acerca do período democrático (1946 – 1964) instituído ao fim do Estado Novo, do regime militar, e do processo de redemocratização do Brasil.


As adversidades políticas mencionadas por Juscelino Kubitschek em seu discurso estiveram presentes desde sua candidatura e posse e foram motivadas pela oposição, para quem JK e o vice-presidente João Goulart representavam a continuidade da política nacional-desenvolvimentista de Vargas.

Alternativas
Comentários
  • Só pelos partidos políticos deles você mata essa questão. JK PSD e Jango PDT, ambos partidos criados por Vagas para que o seu legado desenvolvimentista entivesse presente na redemocratização. 

  • UDN sempre em oposição aos 3. Ambos buscavam o desenvolvimento do país com a tutela do estado.

  • As adversidades políticas que marcaram o período entre sua indicação como candidato e sua posse como presidente não deixavam dúvidas quanto à ferrenha oposição que teria pela frente. O novo governo, fruto da aliança PSD-PTB, certamenteseria hostilizado por adversários capitaneados pela UDN, para quem Juscelino e Jango representavam a continuação política do ex-presidente Getúlio Vargas . Parecia não existir possibilidade de meio termo para o novo presidente, e por isso mesmo o apoio da opinião pública seria a única forma de garantir sua manutenção no cargo. Era preciso ousar, e JK ousou ao anunciar seu programa de governo – 50 anos de progresso em 5 anos de realizações, com pleno respeito às instituições democráticas.

  • Vargas era :

    SENACC

    Simpatizante ao nazifascimo

    Estatizante

    Nacionalista

    Autoritário

    Centralizador e Interventor

    Censurador

     

     

                                                                    SEJA FORTE,NÃO DESISTA!!!

  • Certo

  • Rumo PM-AL 2018

  • Durante a experiência republicana de 1945 a 1965, as eleições para presidente e vice-presidente eram independentes, podendo ser eleitos candidatos de chapas distintas. Ser vice-presidente, nesse período, implicava em fazer campanha e ser eleito pelo povo nominalmente, tal qual o presidente. Ele podia, inclusive, ser mais votado que o próprio presidente. Havia, assim, legitimidade e liderança políticas na função da vice-presidência.

    Jango foi eleito vice-presidente pela primeira vez em 1956, concorrendo na mesma chapa de JK. Os dois assumiram os respectivos mandatos sustentados por uma aliança, já consagrada, entre dois grandes partidos: o PSD e o PTB. Jango era então o maior nome do PTB, sendo, não casualmente, o seu presidente. Ele foi um apoio fundamental em tal eleição, tanto que recebeu mais votos que o próprio JK. Na segunda vez, em 1960, Jango foi eleito vice de Jânio Quadros , candidato de uma coligação encabeçada pela UDN. Portanto, tratava-se de um presidente eleito por uma chapa e de um vice, Jango, reeleito, por outra.

    Foi Jango que na condição de ex-ministro do Trabalho de Vargas e de líder maior do PTB se encarregou dos contatos na área trabalhista e sindical. Pode-se dizer que Jango foi o principal contato e o grande negociador do governo com o conjunto das lideranças sindicais da época.

    FGV- CPDOC: "O vice de JK"