Os opióides ligam-se a receptores periféricos e centrais próprios e providenciam analgesia sem a perda de contacto, propriocepção ou consciência. Podem também diminuir a reorganização cortical e perturbar um dos mecanismos propostos de DF (98). Ensaios clínicos randomizados demonstraram a eficácia dos opióides (oxicodona, metadona, morfina, e levorfanol) para o tratamento da dor neuropática, incluindo a dor fantasma. Estudos comparativos mostraram que a morfina administrada por via intravenosa (0,05 mg / kg infusão em bólus + 0,2 mg / kg durante 40 minutos) diminui tanto a dor no coto como a DFa, enquanto outras drogas (como lidocaína) diminuem só a dor sensorial no coto. (99). A terapia com opióides, incluindo morfina, resulta numa diminuição na intensidade da dor pósamputação, mas também está associada a uma taxa mais elevada de efeitos secundários e à falta de melhorias globais ao nível da actividade funcional e interferência nas actividades diárias.