Nos finais dos anos de 1950 para o início da década 60, o Brasil estava vivenciando diversas manifestações populares no campo e na cidade, as reivindicações variavam entre reforma agrária, direitos trabalhistas, melhores condições de trabalho, renovação no sistema universitário e tantos outros problemas que preocupavam o povo brasileiro. Porém, era no Nordeste onde essas manifestações intensificavam-se, sobretudo no que diz respeito a má distribuição de terra e a péssima condições de trabalho vivido pelo homem do campo que estava sobre o julgo do cambão, uma espécie de trabalho gratuito prestado aos proprietários das terras onde eles moravam. Foi nessa conjuntura política e social que surge a Liga Camponesa na Paraíba, a primeira na cidade de Sapé liderada por João Pedro Teixeira que tinha como finalidade organizar os camponeses para lutarem contra os desmandos dos latifundiários e por direitos trabalhistas até então inexistente, a classe trabalhadora na zona rural. Embora esses conflitos implicaram-se em um confronto com os proprietários de terras, resultando assim em muito derramamento de sangue de ambos os lados, principalmente do lado dos camponeses; como foi o caso do assassinato de João Pedro Teixeira líder da Liga Camponesa de Sapé pelo grupo da Várzea em 1962. Após a sua morte competiu a sua viúva Elizabeth Teixeira da continuidade ao seu trabalho na liderança da Liga de Sapé.