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ID
2685010
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A Doença Veno-Oclusiva Hepática (DVOH) é uma das complicações mais frequentes em pacientes submetidos ao transplante de medula óssea. O dano hepatocelular causado pela quimioterapia e/ou radioterapia pode gerar a oclusão venosa hepática e a necrose de hepatócitos.

Qual deve ser a ação da enfermagem em relação ao paciente com risco de desenvolver a DVOH?

Alternativas
Comentários
  • Letra D.

    É importante avaliar a questão dos eletrólitos, a fim de identificar azotemia, pois se o fígado estiver lesionado, algumas escórias nitrogenadas estarão em nível sérico elevado e se tornarão tóxicas para o organismo.

    Ex: Amônia, que é a principal causa de encefalopatia hepática.

  • A síndrome clínica da doença veno-oclusiva hepática (DVO) é caracterizada por hepatomegalia dolorosa, excesso de volume caracterizado principalmente por ascite, aumento de peso e icterícia, também é denominada de síndrome da obstrução sinusoidal hepática.

     DVO é uma complicação relativamente precoce do transplante de células hematopoiéticas ocorrendo em geral nas primeiras três semanas do transplante. O diagnóstico clínico baseia-se na tríade clássica de ganho de peso, hepatomegalia dolorosa e icterícia. O ganho de peso se inicia com 3 a 6 dias após o transplante, com uma média de aumento de 11 k de peso corporal, as próximas anormalidades a aparecer costumam ser alterações de exames hepáticos.

    PREVENÇÃO:

    Dada a escassez de terapias eficazes, prevenção da DVO fatal é uma prioridade. Deve-se considerar que a maior parte dos fatores de risco para a ocorrência da DVO não é  modificável , mas algumas condutas podem ter benefício como:

     

    -Minimizar a exposição a agentes hepatotóxicos;

    -Quelação de ferro em pacientes com sobrecarga de ferro;

    -Considerar regimes de profilaxias (regimes com tacrolimues, sirolimues e metotrexate podem ser muito hepatotóxicos);

    -Alguns autores recomendam uso de ácido ursodesoxicólico até 12 mg/Kg ao dia divididos em duas doses por três meses após o transplante (existem evidências particularmente para pacientes com regime de condicionamento com ciclofosfamida e bussulfan).

    TRATAMENTO:

    O tratamento de suporte visa minimizar a exposição a hepatotoxinas potenciais e evitar nefrotoxinas (por exemplo, aminoglicosídeos) como antibióticos). Outras medidas de suporte incluem limitar a ingesta de sódio e, se necessário induzir diurese para evitar a retenção de líquidos. Os pacientes podem evoluir com dor, assim analgesia deve ser realizada sempre que necessário. Em pacientes com ascite tensa a  paracentese é indicada para descartar peritonite bacteriana espontânea, ou se houver comprometimento da função respiratória, e em geral se recomenda a retirada de menos de 1 litro por procedimento; e correção de coagulopatia deve ser realizada se sangramentos ocorrerem, mas a correção profilática da coagulopatia é controversa, pois se perde os parâmetros da deterioração hepática.

    FONTE: medicinanet