Havendo ou não atividade, SEMPRE se pretenderá, com o tratamento, criar uma barreira ao transporte nocivo de líquidos e gases para dentro das fissuras, impedindo a contaminação do concreto c até das armaduras.
No caso das fissuras ativas, é só o que se pode fazer, a menos que seja eliminada a causa que as gerou, casos em que passarão a ser passivas. Assim, não terá sentido dizer-se do "fechamento" de fissuras ativas, porque se fosse tentado restabelecer o monolitismo a peça voltaria a se abrir, senão no mesmo pcnto, que naturalmente deverá ter ficado mais resistente, ao menos ao lado, posto que a causa ainda persistirá. Portanto, em se tratando de fissuras ativas, deve-se promover a vedação, cobrindo os bordos externos da mesma e, eventualmente, preenchendo-a com material elástico e não resistente. Deverá ser sempre uma obstrução macia, que admita e conviva com a patologia instaurada, impedindo, no entanto, a degradação do concreto.
Já nos casos passivos, para além do estabelecimento do dispositivo protetor, há que se garantir que a peça volte a funcionar como um todo, monoliticamente, ou seja, há que se fechar a fissura, o que é conseguido pela injeção de um material aderente e resistente, normalmente resina epoxídica.
Souza, Vicente Custódio de, 1948 - Patologia, recuperação e reforço dc estruturas de concreto / Vicente Custódio Moreira de Souza e Thoma z Ripper. - São Paulo : Pini, 1998.