A Atuação do Enfermeiro
Uma das atividades do enfermeiro é como educador, orientando o paciente no autocuidado preventivo, sendo importante o acompanhamento efetivo ao paciente diabético no diagnóstico precoce e prevenção, promoção de grupos de apoio, além das orientações necessárias quanto ao controle da glicemia, destacando a importância da adesão a hábitos de vida mais saudáveis.
No serviço de atenção primária à saúde, o enfermeiro é responsável pelo primeiro contato com os pacientes diabéticos, demonstrando a importância da capacitação desses enfermeiros, no intuito de melhor acolhimento, identificação e manejo clínico.
Vale ressaltar que o acompanhamento desses pacientes deve incluir toda equipe multiprofissional: enfermeiros, médicos, nutricionistas, farmacêuticos e fisioterapeutas.
Avaliação
O Consenso Internacional Sobre Pé Diabético recomenda que todos os pacientes devem ser avaliados uma vez por ano ou os que possuem maior risco, que sejam avaliados a cada seis meses, pois é uma forma de prevenção. Na consulta médica ou de enfermagem é realizado o exame minucioso.
- Na anamnese devem ser questionados os sinais e sintomas.
- Avaliação da sensibilidade protetora e da integridade dos pés, sensibilidade vibratória, reflexo Aquileu, sensibilidade dolorosa e teste de monofilamento.
- Histórico para verificar fatores de risco como idade, tempo de diagnóstico, controle ineficaz da glicemia, tabagismo, hipertensão, obesidade, histórico de úlceras nos pés, entre outros.
- Método de classificação: classificação de Wagner.
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GRAU CARACTERISTICA
0 - RISCO ELEVADO
1 - ÚLCERA SUPERFICIAL, SEM INFECÇÃO
2 - ÚLCERA PROFUNDA, COM INFECÇÃO, SEM OSTEOMIELITE
3 - ÚLCERA PROFUNDA COM OSTEOMILEITE OU FORMAÇÃO DE ABCESSO
4 - NECROSE LOCALIZADA
5 - NECROSE EM TODO O PÉ.
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Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302008000300013
http://www.enfermeiroaprendiz.com.br/enfermagem-no-cuidado-com-o-pe-diabetico/
"Coragem é a resistência e o domínio do medo, não a ausência dele" – Mark Twain, escritor
Informações complementares:
• A solução preconizada é a fisiológica a 0,9%, preferencialmente morna (aproximadamente 35°C), salvo nas lesões sangrentas e oncológicas.
• A irrigação pode ser realizada por meio da perfuração do frasco da solução fisiológica, após assepsia, com agulha de 25 x 8 ou 40 x 12, ou ainda pela utilização de seringa de 20 ml conectada a agulha de 25 x 8 ou 40 x 12. O frasco ou a seringa devem ser posicionados a 20 cm da lesão (MARTINS; MENEGHIN, 2012).
• A pele perilesional deve ser limpa, preferencialmente com sabão neutro, removendo-o exaustivamente, evitando traumas e processos dermatológicos tópicos.
• Na técnica estéril, utilizam-se luvas estéreis e, se necessário, pinças para a execução do procedimento. Já na técnica limpa, se faz uso da luva de procedimento.
• Em qualquer das técnicas, ao utilizar gazes, ataduras e coberturas, manter técnica asséptica quando manipulá-los, evitando a introdução de novos patógenos no leito da ferida.
Há uma grande variedade de curativos e um só tipo não preenche os requisitos para ser aplicado em todos os tipos de feridas cutâneas. Para atuar como um curativo ideal, a cobertura deve:
○ Remover o excesso do exsudato.
○ Manter umidade entre a ferida e o curativo.
○ Permitir trocas gasosas.
○ Proteger contra infecção.
○ Fornecer isolamento térmico.
○ Ser isento de partículas e substâncias tóxicas contaminadas.
○ Permitir a remoção sem causar traumas locais.
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/manual_do_pe_diabetico.pdf