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Comentários: Alessandro Baratta analisou em sua obra Criminologia Crítica e Crítica do Direito Penal, as relações existentes entre preso e sociedade, assim defendia que primeiramente deveria a sociedade ser modificada.
Segundo Baratta, a comunidade carcerária nas sociedades capitalistas dadas suas características constantes, tem um verdadeiro e próprio modelo. Tais características são resumidas no fato dos institutos de detenção produzir efeitos contrários a reeducação e a reinserção do condenado, tendo-se por consequência a inserção deste na população criminosa. O cárcere assume um papel contrário ao moderno ideal educativo, tendo em vista que tal promove a individualidade o auto respeito, alimentado pelo auto respeito que o indivíduo tem por ele.
No capítulo que discute a relação entre preso e sociedade Baratta faz a distinção entre a sociedade externa e a subcultura carcerária, o relevante é que o autor declara que o universo carcerário possui características típicas da sociedade capitalista, todavia de forma mais pura e menos desmitificada, sendo elas: Relações sociais baseadas no egoísmo e na violência ilegal, no interior das quais os indivíduos mais débeis são constrangidos a papéis de submissão e de exploração. (BARATTA, Alessandro. Criminologia crítica e crítica do Direito Penal: Introdução à sociologia do Direito Penal Trad. Juarez Cirino dos Santos. Rio de Janeiro: Reven, 1997. P.186)
Desse modo, a alternativa correta é a letra D.
(Comentários do professor Fernando Tadeu Marques)
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De acordo com a teoria de Sutherland, os crimes são cometidos por pessoas que convivem em grupos que realizam e legitimam ações criminosas. A Teoria de Sutherland nada mais é do que a Teoria da Associação Diferencial, que integra a chamada criminologia do consenso.
Vai para a cadeia e aprende tudo que ainda não tinha aprendido com os criminosos que já estavam na vida dele
Abraços
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Gab. D
A questão exigiu de nós o conhecimento do capítulo “Cárcere e Marginalidade Social”, de Alessandro Baratta.
Quem estudou por ele se deu bem nessa prova!
a) falso, pois Baratta é absolutamente crítico da realidade do cárcere. O preso não observa valores e modelos de comportamento positivos na prisão.
b) falso. Baratta diz que é necessário, em um primeiro momento, reeducar a sociedade (quem exclui), para depois reeducar os presos (excluídos).
c) falso. É evidente que o cárcere reflete as características negativas da sociedade que discrimina e exclui. Frase expressamente mencionada por Baratta em sua obra.
d) Alternativa correta. Baratta é bastante crítico! Ele segue a linha marxista, afirmando que tais características da sociedade refletem exatamente no cárcere.
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Basicamente fiquei fora da discursiva desta prova (2 pontos) pois não fazia ideia de quem era Alessandro Baratta (cairam 3 questões) - Graças a um material em PDF que me fudeu.
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Órion Junior, excelente explicação!
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GABARITO D
"As relações sociais e de poder da subcultura carcerária têm uma série de características que a distinguem da sociedade externa, e que dependem da particular função do universo carcerário, mas na sua estrutura mais elementar elas não são mais do que a ampliação, em forma menos mistificada e mais "pura", das características típicas da sociedade capitalista: são relações sociais baseadas no egoísmo e na violência ilegal, no interior das quais os indivíduos socialmente mais débeis são constrangidos a papéis de submissão e de exploração. "
Fonte: Criminologia Crítica e Crítica do Direito Penal: introdução à sociologiado direito penal / Alessandro Baratta
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Correta a letra "D".
Encontrei esse vídeo e material didáticos:
https://www.youtube.com/watch?v=kaomf9RyG2U
https://drive.google.com/file/d/1qRGn4TNdmqaFQRGcO2GYikCL6l-QxUkA/view
Segundo Baratta:
"As relações sociais e de poder da subcultura carcerária têm uma série de características que são ampliação, de forma menos mistificada e mais 'pura', das características típicas da sociedade capitalista: são relações sociais baseadas no egoísmo e na violência ilegal, em que os indivíduos mais débeis são constrangidos a papéis de submissão e de exploração. "
"Uma verdadeira reeducação deveria começar pela sociedade, antes que pelo condenado: antes de querer modificar os excluídos, é preciso modificar a sociedade excludente, atingindo, assim, a raiz do mecanismo de exclusão."
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as pessoas não conseguem nem estudar uma TEORIA sem começar a pregação política
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Para mim, o colega "REF REF" está certo: basta ir para a extrema esquerda para acertar. Não se trata de discutir de "pregação política", como denotou a colega SORAYA MONTENEGRO. Isto porque entender o viés ideológico é mais um critério interpretativo das questões.
Ao meu ver, "data maxima respectiva", ninguém explicou satisfatoriamente o motivo de a alternativa A estar incorreta: ora, é lógico que se é possível, sim, o preso assimilar alguns valores positivos durante o cárcere (não se pode generalizar). Ocorre que sua reinserção não depende só dele, mas também de todo o restante da sociedade, no porvir. A "contribuição" da sociedade não estava posta, mas pressuposta, na alternativa A, aferiível contextualmente.
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Tyson Concurseiro > Sinceramente, lamento a sua reprovação. Mas não tem como vc ir para uma prova desse nível sem ler o edital. Está na bibliografia indicada na banca (final do item 8 do conteúdo programático) o livro do Alessandro Baratta (Criminologia Crítica e Crítica do Direito Penal), assim como o livro de Criminologia (já esgotado em todas as livrarias) do Antonio Garcia-Pablos de Molina em coautoria com o LFG.
Sobre os outros comentários, vejo muita gente aqui reclamando quando uma questão cobra a criminologia radical/crítica, alegando que supostamente a banca está atuando com um viés ideológico (político). Esse tipo de comentário é bastante lamentável, ainda mais tendo em vista que a banca previu o autor citado no enunciado em seu edital, e que nas páginas do livro do mencionado autor está exatamente como a questão cobrou.
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colega MÁRIO BARBOSA, talvez se você se preocupasse em ler a obra do autor que está explicitamente sendo usada como base da questão você responderia de acordo com a teoria deste autor e não segundo a ''maxima perspectiva do seu ver'' que faz um paralelo com o cenário político brasileiro atual e não com a obra de um intelectual italiano que estudou uma ciência e escreveu várias obras.
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Felippe Almeida > Não uso doutrinas pra primeira fase (no máx alguns pontos ).. Não interessa a indicação bibligráfica ....
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Todas as outras matérias acertei em média 85% da prova (pontuação mais que suficiente pra aprovação pra 2ª fase, que foi de 80%), só criminologia fui abaixo disso.
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Será que se tivsse usado as bíblias gigantes indicadas no edital (e aqui teoricamente indicadas por vc) iria bem assim ?
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Dúvido...
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Cada um, com sua estratégia... (só não vale dizer o que não sabe, não é mesmo ?!)
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Abraços !
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Uma coisa ja percebi,em criminologia quando é mencionado doutrina na questão. A alternativa que se aproximar ao máximo dos preceitos dos direitos humanos é a correta. Visto que a criminologia dentre seus objetos avalia como um todo o crime.
Agora se tem viés idológico eu não to nem aí com isso, eu quero é passar e não ficar babando no ovo de político ou entrar em discussões desnecessárias.
Bons estudos a todos !
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Criminologia crítica em concurso policial... tá aí uma coisa que eu não imaginaria!! Baratta neles!
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vou ser simples e objetivo ... o autor do livro o grande e maravilhoso barata.... sempre irá defender os criminosos, inclusive a MAIORIA DOS autores na criminologia coloca a culpa do delito ou do crime na VITIMA !!!!!
COMO SE VITIMA É A CULPADA DO CRIME
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Bem leite com pera esse autor hein
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Só acho que cobrar bibliografia específica num concurso é covardia. A menos que fora informada no edital
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Teoria crítica do professor é isso aí.
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Surgiu Alessandro Baratta na questão, já pense em alguma relação social.
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Segundo Baratta, o preso é submetido a processo negativo de ressocialização; há "desculturação", desadaptação do mundo externo e prisionalização (adquire valores e comportamentos da subcultura carcerária).
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Surgiu Alessandro Baratta na questão, já pense em um tom crítico.
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Achei que era prova de delegado.....
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Alessandro barata : pensamento negativo, pois não acredita na ressocialização. Então procurem o contextos negativos sobre prisão. “D”
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Gabarito: E
Dica de Prova – Quando a Banca examinadora trouxer no certame Alessandro Baratta como um dos autores indicados é importantíssimo lembrar que ele tem esse viés bem crítico, e que coloca o sistema de educação assim como o sistema penal, como um sistema que confirma e amplia a estigmatização e discriminação.
Para Alessandro Baratta, a relação entre sociedade e preso é a relação de quem exclui e de quem é excluído
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A questão exigiu de nós o conhecimento do capítulo “Cárcere e Marginalidade Social”, de Alessandro Baratta.
Quem estudou por ele se deu bem nessa prova!
a) falso, pois Baratta é absolutamente crítico da realidade do cárcere. O preso não observa valores e modelos de comportamento positivos na prisão.
b) falso. Baratta diz que é necessário, em um primeiro momento, reeducar a sociedade (quem exclui), para depois reeducar os presos (excluídos).
c) falso. É evidente que o cárcere reflete as características negativas da sociedade que discrimina e exclui. Frase expressamente mencionada por Baratta em sua obra.
d) Alternativa correta. Baratta é bastante crítico! Ele segue a linha marxista, afirmando que tais características da sociedade refletem exatamente no cárcere.
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Não achei inteligente a proposta do amigo ali de ir sempre na questão mais "pró-direitos humanos" porque se fosse o nome de algum autor da Escola de Chicago o raciocínio é o inverso. Ao invés, pra acertar essa basta saber associar o nome do Alessandro Baratta à Criminologia Crítica; a única alternativa em consonância com os ditames dessa vertente marxista da Criminologia é a "D".
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GABARITO: D
COMENTÁRIO DE OPINIÃO PARTICULAR
Vocês criticam a visão do Baratta, mas se pararem pra observar, nosso cenário brasileiro atual mostra exatamente uma das falas do autor. Por exemplo, o indivíduo que é encarcerado, embora o idealismo penal deseje que ele aprenda o conjunto de valores e modelos de comportamento desejados pela sociedade, para que ele possa se reinserir socialmente, após o cumprimento da pena, o que acontece é justamente o contrário. O que se pode observar na verdade é que o indivíduo, por estar naquele ambiente estigmatizado e em contato com reiteradas condutas contrárias aos valores sociais ideais, ele acaba aprendendo e acentuando cada vez mais seu comportamento delitivo.
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Acertei somente por conhecer o autor
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Bizu bobinho que ajuda, principalmente em questões conceituais:
Barata = Bonzinho
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GAB. D
Preso e a sociedade, segundo Alessandro Baratta = São relações sociais baseadas no egoísmo e na violência ilegal, no interior das quais os indivíduos socialmente mais débeis são constrangidos a papéis de submissão e de exploração.
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a) Falso. Baratta é absolutamente crítico da realidade do cárcere. O preso não observa valores e modelos de comportamento positivos na prisão.
b) Falso. Baratta diz que é necessário, em um primeiro momento, reeducar a sociedade (quem exclui), para depois reeducar os presos (excluídos).
c) Falso. É evidente que o cárcere reflete as características negativas da sociedade que discrimina e exclui. Frase expressamente mencionada por Baratta em sua obra.
d) Correta. Baratta é bastante crítico! Ele segue a linha marxista, afirmando que tais características da sociedade refletem exatamente no cárcere.
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GAB: B
É so vocês lembrarem que ALESSANDRO BARATTA era o maior inimigo do sistema penitenciario..
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Puro trecho do livro da página 186..rsrsr. Quem leu já marcou de primeira.
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A. A reinserção do preso na sociedade, após o cumprimento da pena, é assegurada a partir do momento em que, no cárcere, o preso absorve um conjunto de valores e modelos de comportamento desejados socialmente.
ERRADO. Baratta em sua obra aduz que: "O cuidado crescente que a sociedade punitiva dispensa ao encarcerado depois do fim da detenção, continuando a seguir sua existência de mil modos visíveis e invisíveis, poderia ser interpretado como a vontade de perpetuar, com a assistência, aquele estigma que a pena tornou indelével no indivíduo. (...) Este novo "panopticon" tem sempre menos necessidade do sinal visível (os muros) da separação para assegurar-se o perfeito controle e a perfeita gestão desta zona particular de marginalização, que é a população criminosa"
B. É necessário primeiro modificar os excluídos, para que eles possam voltar ao convívio social na sociedade que está apta a acolhê-los.
ERRADO. Baratta aduz que: “A verdadeira reeducação deveria começar pela sociedade, antes que pelo condenado: antes de querer modificar os excluídos, é preciso modificar a sociedade excludente, atingindo assim, a raiz do mecanismo de exclusão.”
C. O cárcere não reflete as características negativas da sociedade, em razão do isolamento a que são submetidos os presos.
ERRADO. Sobre o assunto aduz Alessandro Baratta que: "Antes de tudo, esta relação é uma relação entre quem exclui (sociedade) e quem é excluído (preso). Toda técnica pedagógica de reinserção do detido choca contra a natureza mesma desta relação de exclusão. Não se pode, ao mesmo tempo, excluir e incluir. Em segundo lugar, o cárcere reflete, sobretudo nas características negativas, a sociedade. "
D. São relações sociais baseadas no egoísmo e na violência ilegal, no interior das quais os indivíduos socialmente mais débeis são constrangidos a papéis de submissão e de exploração.
CORRETA