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ID
2718736
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

De acordo com Brunner & Suddarth, 2016 a pancreatite aguda inclui desde um distúrbio discreto e autolimitado até uma doença grave e rapidamente fatal, que não responde a nenhum tratamento. Algumas das intervenções de enfermagem propostas para pacientes com esta condição estão listadas e corretamente justificadas abaixo, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  •  Posição de Trendelemburg reverso ou proclive

    Usada freqüentemente para oferecer acesso a cabeça e pescoço para facilitar que a força de gravidade desloque a víscera para adiante do diafragma e na direção dos pés. Indicada para manter as alças intestinais na parte inferior do abdome e reduzir a pressão sanguínea. Nessa posição o paciente estará em decúbito dorsal com elevação da cabeça e tórax e abaixamento do MMII. Quando a modificação desta posição é usada para cirurgia da tireóide, o pescoço pode ser hiperestendido pela elevação dos ombros do paciente.

     

     

     

  • Manejo de enfermagem

    Administrar analgésicos, conforme prescrito.

    Avaliar frequentemente a dor e a efetividade das intervenções farmacológicas

    Suspender os líquidos orais para diminuir a formação e a secreção de secretina

    Usar a aspiração nasogástrica para remover as secreções gástricas e aliviar a distensão abdominal; realizar higiene e cuidados orais frequentes para diminuir o desconforto causado pela sonda nasogástrica e aliviar o ressecamento da boca

    Manter o cliente em repouso no leito para diminuir a taxa metabólica e reduzir a secreção das enzimas pancreáticas relatar ao médico o aumento da dor.

    Fornecer explicações frequentes e repetidas (porém simples) sobre o tratamento;

    o cliente pode apresentar alteração do nível de consciência em decorrência de dor intensa, distúrbios hidreletrolíticos e hipoxia.

    Manter o cliente na posição de semi-Fowler para diminuir a pressão sobre o diafragma

    Mudar, frequentemente, a posição do cliente para evitar atelectasia e acúmulo das secreções respiratórias

    Avaliar frequentemente o estado respiratório (oximetria de pulso, gasometria arterial) e orientar o cliente sobre as técnicas de tosse e respiração profunda, bem como sobre o uso da espirometria de incentivo.

    Avaliar o estado nutricional e observar os fatores que alteram as necessidades nutricionais do cliente (p. ex., elevação da temperatura, cirurgia, drenagem)

    Monitorar os resultados dos exames laboratoriais e pesagem diária

    Administrar nutrição enteral ou NP, conforme prescrição

    Monitorar o nível sérico de glicose a cada 4 a 6 h

    Introduzir, gradualmente, a alimentação oral à medida que os sintomas regredirem

    Orientar o cliente para que evite refeições copiosas e o consumo de bebidas alcoólicas.

    Examinar cuidadosamente a ferida, os locais de drenagem e a pele à procura de sinais de infecção, inflamação e solução de continuidade

    Realizar o cuidado da ferida, conforme prescrição, e tomar as precauções necessárias para proteger a pele intacta do contato com a drenagem; quando necessário, consultar um estomatoterapeuta para identificar os protocolos

    e dispositivos para o cuidado apropriado da pele

    Mudar a posição do cliente sempre que necessário, após reavaliações; o uso de colchões e leitos especiais pode estar indicado para evitar as úlceras por pressão da pele.

    Avaliar o estado hidreletrolítico, observando o turgor da pele e a umidade das mucosas

    Pesar diariamente o cliente; medir a ingesta e o débito de líquidos, incluindo débito urinário, secreções nasogástricas e diarreia

    Avaliar outros fatores passíveis de afetar o estado hidreletrolítico, incluindo elevação da temperatura corporal e aumento da drenagem das feridas

    Observar o cliente quanto à ocorrência de ascite e medir a circunferência abdominal

    Administrar líquidos IV e sangue ou hemoderivados para manter o volume sanguíneo e evitar ou tratar o choque hipovolêmico

    Relatar a ocorrência de redução da pressão arterial e do débito urinário e baixos níveis séricos de cálcio e magnésio.

    Brunner2016

  • Pancreatite é a inflamação no pâncreas. A pancreatite aguda é doença desencadeada pela ativação anômala de enzimas pancreáticas e liberação de uma série de mediadores inflamatórios. Além disso, se ocorrer o sequestro de fluidos para o terceiro espaço pode ultrapassar um terço do volume plasmático, nesse caso deve-se administrar plasma e derivados conforme prescrição. A reposição com hemoderivados, plasma ou albumina ajuda a assegurar um volume sanguíneo circulante efetivo. 

    Pacientes com pancreatite aguda geralmente apresentam hipovolemia importante, necessitando de hidratação volêmica agressiva para melhorar a perfusão tecidual pancreática, portanto deve-se avaliar as fontes de perda de líquidos e eletrólitos. As perdas de eletrólitos ocorrem em consequência de aspiração nasogástrica, sudorese intensa, vômitos e pelo próprio jejum do paciente, podendo impactar no estado geral do mesmo.

    O paciente com pancreatite deve ser mantido na posição de semi-Fowler para redução da pressão sobre o diafragma.

    Na pancreatite existe o risco de choque, portanto deve-se monitorizar rigorosamente a SDMO (Síndrome de Disfunção de Múltiplos Órgãos).

    Gabarito do Professor: Letra C

    Bibliografia

    Brunner LS, Suddarth DS. Tratado de Enfermagem: Médico-Cirúrgica.  Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.