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ID
2718742
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

São cuidados de enfermagem ao paciente criticamente enfermo com lesão cerebral grave, para controle da pressão intracraniana, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Administrar oxigênio para manter pressão parcial de oxigênio arterial (PaO2) >95 mmHg

  • O enfermeiro deve avaliar a hipertensão intracraniana e seu significado, reconhecê-la e garantir que as intervenções necessárias sejam iniciadas.

    A pressão intracraniana (PIC) é exercida pelo volume combinado de três componentes intracranianos:

    Componente parenquimatoso – estruturas encefálicas – 80%

    Componente liquórico – líquido cefalorraquidiano (LCR) – 10%

    Componente vascular – sangue circulante– 10%

    A medida normal da PIC é de 0 a 15 mmHg

    A pressão de perfusão cerebral (PPC) é uma estimativa da adequação da circulação cerebral para fornecer oxigênio ao tecido encefálico. A medida normal da PPC é de 60 a 130 mmHg.

    A hipertensão intracraniana (HIC) é um estado clínico que acomete muitos pacientes em unidades de tratamento intensivo. É caracterizada pela elevação da pressão intracraniana (PIC) acima de 20 mmHg por no mínimo vinte minutos em adultos e cinco minutos em crianças.

    O aumento da PIC é uma complicação grave que pode resultar em uma herniação com paradas respiratória e cardíaca e morte.

    POSIÇÕES DO CATETER

    Ventricular – maior precisão

    Parenquimatosa – boa precisão

    Subdural/Subaracnóide/Epidural – menor precisão

    A atuação do enfermeiro deve estar voltada para a manutenção da circulação encefálica efetiva mediante a preservação da pressão de perfusão cerebral e oferta de oxigênio e glicose.

    CUIDADOS:

    Avaliar padrões respiratórios e frequência respiratória

    Promover oferta de oxigênio a 100% antes das aspirações traqueobrônquicas – impede o aumento do CO2 – vasodilatador que aumenta a PIC

    Monitorar continuamente a oximetria de pulso e gasometria arterial

    Avaliar o estado neurológico: estado mental, pupilas, função motora – alterações indicam deterioração neurológica e necessidade de intervenção precoce

    Avaliar os sinais vitais – a pressão arterial media correlaciona-se com a PIC no paciente com perda da autorregulação

    Manter alinhamento cefalo-caudal – usar coxins ou travesseiros

    Manter a cabeceira elevada a 30 graus do plano horizontal – se não houver contraindicação (ex. trauma raquimedular)

    Evitar flexão do quadril – diminui a pressão intratorácica

    Evitar agrupamento de cuidados – mudança de decúbito, banho, aspiração – reduzir picos prolongados na PIC

    Avaliar a agitação em pacientes com contenção mecânica – aumento da PIC

    Estar atento as medidas de prevenção de convulsões

    Verificar com frequência a temperatura – a taxa metabólica cerebral aumenta com a temperatura elevada

    Manter temperatura corporal menor que 37, 5C – se necessário usar colchão térmico

    Resfriar o paciente gradualmente – os calafrios aumentam a PIC

    Monitorar a glicose sérica e glicemia capilar a cada 4 ou 6 horas – alterações na glicose podem provocar alterações na taxa metabólica

    Atenção para não deslocar/tracionar o cateter

    Realizar curativo diariamente no local da inserção do cateter utilizando antisséptico padronizado

    Fonte: https://multisaude.com.br

    Instagram: @praticasintensiva

  • A saturação do paciente deve ser mantida acima de 92%. A PaCO2 deve ser mantida em torno de 35 mmHg (evitar níveis de PaCO2 >38 mmHg). A PO2 deve ficar acima de 60-70 mmHg. Portanto a alternativa A está incorreta.

    A meta quanto à temperatura é a manutenção do paciente normotérmico, evitando tanto a hipertermia quanto a hipotermia.

    A cabeça deve ser mantida em posição neutra e elevada a trinta graus, para otimizar o retorno venoso.

    O paciente deve evitar os esforços de Valsalva (respiração profunda, virar no leito sozinho, prender a respiração, se erguer no leito, elevar os MMII ou o quadril, tossir e evacuar). Os emolientes fecais diminuem os esforços da evacuação.

    Gabarito do Professor: Letra A

    Bibliografia

    Giugno KM et all. Tratamento da hipertensão intracraniana. Jornal de Pediatria - Vol. 79, Nº4, 2003.

    Cintra EA, Nishide VM, Nune WA. Cuidado de Enfermagem ao Paciente Gravemente Enfermo. Ed Atheneu. 2º edição, 2001.

    Brunner LS, Suddarth DS. Tratado de Enfermagem: Médico-Cirúrgica.  Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.


  • Saturação deve ser mantida acima de 92%

  • De acordo com o livro Brunner e Suddarth, página 3131:

    Pao2 deve ser mantida > 60 mmHg para evitar vasodilatação compensatória.