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ID
2720020
Banca
UFPR
Órgão
UFPR
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

O Programa Nacional de Imunização apresenta as indicações e contraindicações das vacinas e dos cuidados necessários para esse procedimento. Com relação ao assunto, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:


( ) A ocorrência de febre acima de 38,5 ºC após a administração de uma vacina não constitui contraindicação à dose subsequente.

( ) O uso de corticoides por via inalatória ou tópicos ou em esquemas de altas doses em curta duração (menos de 14 dias) constitui contraindicação de vacinação.

( ) No recém-nato prematuro, deve ser usada a idade corrigida para administrar as vacinas próprias da idade.

( ) Não deve ser indicado o uso de paracetamol antes ou imediatamente após a vacinação, para não interferir na imunogenicidade da vacina.


Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

Alternativas
Comentários
  • ATENÇÃO:

     

    Para todo imunobiológico, consideram-se como contraindicações:

     

    A ocorrência de hipersensibilidade (reação anafilática) confirmada após o recebimento de dose anterior; e

    História de hipersensibilidade a qualquer componente dos imunobiológicos.

    A ocorrência de febre acima de 38,5ºC, após a administração de uma vacina, não constitui contraindicação à dose subsequente;

    Quando ocorrer febre, administre antitérmico de acordo com a prescrição médica.

    Não indique o uso de paracetamol antes ou imediatamente após a vacinação para não interferir na imunogenicidade da vacina.

     

    Situações especiais

     

    São situações que devem ser avaliadas em suas particularidades para a indicação ou não da vacinação:

     

    Usuários que fazem uso de terapia com corticosteroides devem ser vacinados com intervalo de, pelo menos, três meses após a suspensão da droga.

    Usuários infectados pelo HIV precisam de proteção especial contra as doenças imunopreveníveis, mas é necessário avaliar cada caso, considerando-se que há grande heterogeneidade de situações, desde o soropositivo (portador assintomático) até o imunodeprimido, com a doença instalada.

    Crianças filhas de mãe com HIV positivo, menores de 18 meses de idade, mas que não apresentam alterações imunológicas e não registram sinais ou sintomas clínicos indicativos de imunodeficiência, podem receber todas as vacinas dos calendários de vacinação e as disponíveis no CRIE o mais precocemente possível.

    Usuários com imunodeficiência clínica ou laboratorial grave não devem receber vacinas de agentes vivos atenuados.

    O usuário que fez transplante de medula óssea (pós-transplantado) deve ser encaminhado ao CRIE de seis a doze meses após o transplante, para revacinação conforme indicação.

    Adiamento da vacinação

     

              Situações para o adiamento da administração de um imunobiológico:

     

    Usuário de dose imunossupressora de corticoide – vacine 90 dias após a suspensão ou o término do tratamento.

    Usuário que necessita receber imunoglobulina, sangue ou hemoderivados – não vacine com vacinas de agentes vivos atenuados nas quatro semanas que antecedem e até 90 dias após o uso daqueles produtos.

    Usuário que apresenta doença febril grave – não vacine até a resolução do quadro, para que os sinais e sintomas da doença não sejam atribuídos ou confundidos com possíveis eventos adversos relacionados à vacina.

     

     Vacinação simultânea

     

    Atenção: A vacinação simultânea consiste na administração de duas ou mais vacinas no mesmo momento em diferentes regiões anatômicas e vias de administração.

     

    De um modo geral, as vacinas dos calendários de vacinação podem ser administradas simultaneamente sem que ocorra interferência na resposta imunológica, exceto as vacinas Febre Amarela, tríplice viral, contra varicela e tetra viral, que devem ser administradas com intervalo de 30 dias.

     

    Atenção: As vacinas Febre Amarela, tríplice viral, contra varicela e tetra viral, que devem ser administradas com intervalo de 30 dias.

    FONTE: PONTO DOS CONCURSOS

  • (V) A ocorrência de febre acima de 38,5 ºC após a administração de uma vacina não constitui contraindicação à dose subsequente.

    Febre baixa a moderada pode ser frequente (em 4,1% a 58,8% das crianças vacinadas), principalmente

    na primeira dose e nas primeiras 24 horas (habitualmente entre 3 e 12 horas) depois da administração

    da vacina. Febre alta pode ocorrer, embora eventualmente (0% a 1,7%).

    Crianças com febre alta (≥ 39,5ºC), duração de mais de 24 horas ou que se inicia após as primeiras

    24 horas da vacinação, devem ser avaliadas cuidadosamente pela possibilidade de infecção não

    relacionada à vacina.

    O prognóstico é bom, particularmente quando a febre se manifesta como sintoma isolado.


    ( F) O uso de corticoides por via inalatória ou tópicos ou em esquemas de altas doses em curta duração (menos de 14 dias) constitui contraindicação de vacinação.

    • A vacina deverá ser adiada até três meses após o tratamento com imunodepressores ou com corticosteroides em dose elevada.


    ( F) No recém-nato prematuro, deve ser usada a idade corrigida para administrar as vacinas próprias da idade.

    . recém-nascidos prematuros extremos (<31 semanas e/ou <1.000 gr); e. recém-nascido que permaneça internado na unidade neonatal por ocasião da idade de vacinação.


    (V ) Não deve ser indicado o uso de paracetamol antes ou imediatamente após a vacinação, para não interferir na imunogenicidade da vacina.

    Não se recomenda a administração de antitérmico profilático no momento, ou antes, da vacinação, pelo risco de redução da resposta vacinal, exceto nos casos de febre alta em dose anterior. 


    http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_epidemiologica_eventos_adversos_pos_vacinacao.pdf