Jurandir Freire Costa é um psicanalista e escritor brasileiro que, em sua obra “O vestígio e a aura: corpo e consumismo na moral do espetáculo", publicada em 2004, procurou analisar a chamada crise de valores do contemporâneo a partir dos
fenômenos como o culto ao corpo e à aparência, o consumismo e a cultura da imagem,
O autor considera que a marca do culto ao corpo não reside na quantidade de tempo gasto com o físico. Desse modo, o que diferencia a atual cultura do corpo para o autor não é a quantidade de tempo despendido nos cuidados corporais, mas a particularidade da relação entre vida psicológico-moral e a vida física, ou seja, a significação que esses cuidados assumem.
Nesse sentido, o autor sugere que o atual culto ao corpo e à aparência é condicionado
por vários fatores, entre os quais destaca o remapeamento cognitivo do corpo físico, isto é, o desenvolvimento de conhecimentos relativos ao funcionamento corporal e a invasão da
cultura pela moral do espetáculo: “o primeiro fenômeno fornece as justificativas racionais
para a redescrição do que somos; o segundo, as normas morais do que devemos ser".
GABARITO: D