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ID
2755390
Banca
FCC
Órgão
TRT - 2ª REGIÃO (SP)
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquivologia
Assuntos

Charles Braibant definiu o arquivo como celeiro da história e arsenal da administração. Ante essa dupla funcionalidade da instituição arquivística, cabe ao historiador que ali presta serviços

Alternativas
Comentários
  • Eu não tinha a mínima ideia de qual seria a resposta dessa questão e, a meu ver, a FCC elaborou os textos dos respectivos itens de tal modo a não deixar rastros de erro típicos de opções claramente absurdas. Fui na intuição e na lógica, me concentrando na palavra-chave "historiador", analisando em cada item o que seria, efetivamente, o papel de um. Deu certo.

    Gab. D)

  • Gabarito D (tem que usar a lógica nesta questão e nem tanto o conhecimento sobre a temática, mas de qualquer forma fica um resumo sobre o tema)

     

    SERVIÇOS EDUCATIVOS nos arquivos

     

    1. Idealizado por Charles Braibant (1954), pregava que os arquivos franceses, seriam “o melhor meio de aproximar os alunos de ensino fundamental e ensino médio (universitários) dos fatos da história nacional é mostrar-lhes, pelo documento, a repercussão em sua província, seu distrito, sua cidade”;

     

    2Ideia de criar serviços educativos nos arquivos surgiu em 1912 (com a circular do diretor dos Archives Nationales), mas tomou corpo e força, após a II Guerra Mundial, onde passou a se considerar a abertura dos arquivos a um novo público, de acordo com aqueles métodos ativos da educação.

     

    3. Tal proposta de consulta é sustentada/fomentada por um tripé entre três agentes

    a. Historiador (atua no serviço educativo, assim como, tem o arquivo como matéria prima profissional);

    b. Administrador (utiliza o arquivo como arsenal de provas, testemunhos e informações);

    c. Cidadão (utiliza o arquivo como fonte de dados que informam e definem a comunidade em que vive e sua própria atuação nela);

    d. Arquivista (planeja e organiza exposições, visitas guiadas e aulas no arquivo, encarregando-se também da publicação de textos e documentos pedagógicos)

     

    a) deferir os pedidos de autorização para consulta ao acervo, depois de aprovar os temas e projetos apresentados pelos pesquisadores (Errado, foge totalmente da proposta de fomentar o acesso ao arquivo como forma de fomentar a construção do conhecimento e para o desenvolvimento da sociedade).

    b) atuar junto às comissões de avaliação, com a prerrogativa de proferir voto decisivo sobre o valor de guarda permanente dos documentos (Errado).

    c) analisar o conteúdo dos documentos para fixar seu grau de sigilo e estabelecer os respectivos prazos de confidencialidade (Errado).

    d) realizar pesquisa retrospectiva sobre os organismos que deram origem aos documentos, de modo a subsidiar os trabalhos de arranjo e descrição do acervo (CERTO);

    e) desenvolver pesquisa sobre qualquer tema para obtenção de títulos acadêmicos (Errado, totalmente fora de contexto essa questão);

  • Questão mal elaborada. Os historiadores contribuem também nas Comissões Permanentes de Avaliação das insituições, inclusive votando sobre assuntos pertinentes.

  • Realmente os historiadores contribuem nas Comissões, porém a pegadinha da questão "B" está relacionada a "proferir voto decisivo" sobre o valor de guarda dos documentos. Todos os membros das CADs tem direito a emitir sim um parecer sobre determinados assuntos de domínio técnico, porém o voto final deve ser sempre da Comissão e não de um membro, pois os contextos de formalização da gestão documental com implantação de normativas internas em uma Instituição poderão variar conforme as suas funções e estrutura interna. Questão Correta: Letra "D".

  • Na letra B o correto seria → não proferem voto decisivo.

  • Essa questão parece estar em um nível de subjetividade elevado e que demanda do candidado um senso crítico e comum para que possa ser respondida.
    a) o acesso ao arquivo é uma regra, portanto não há o que se falar em deferir ou indeferir os pedidos de acesso. Os documentos só não podem ser acessados caso estejam protegidos por algum nível de sigilo apontado pela lei nº 12.527/2011. Do contrário, o acesso é a regra.

    b) o historiador não necessariamente possui voto decisivo na Comissão Permanente de Avaliação de Documentos - CPAD. O estabelecimento do peso dos votos vai depender de cada instituição, da composição da CPAD, das funções institucionais, das competências da comissão e de outras peculiaridades.

    c) O documento é sigiloso pelo seu conteúdo, então não é a análise que vai definir o nível de sigilo. Além disso, os prazos já estão definidos na lei nº 12.527/2011, que é a Lei de Acesso à Informação. 

    d) essa alternativa coloca o historiador como responsável pela identificação, recolhimento e tratamento de informações que subsidiam funções arquivísticas, o que é totalmente válido. Esse é o gabarito.

    e) O historiador não desenvolve pesquisas dentro das instituições para a obtenção de títulos acadêmicos. Pelo menos esse não deve ser o objetivo principal, já que a obtenção de títulos é uma recompensa pessoal. 
    Gabarito do professor: D