ID 2774905 Banca UPENET/IAUPE Órgão SES-PE Ano 2014 Provas UPENET/IAUPE - 2014 - SES-PE - Analista em Saúde - Enfermeiro Obstetra Disciplina Enfermagem Assuntos Saúde da Mulher Considerando os conhecimentos científicos atualizados relacionados à assistência à mulher em situação de violência sexual, assinale a alternativa CORRETA. Alternativas Considerando os riscos da contaminação por diferentes agentes causadores de doenças sexualmente transmissíveis, a administração profilática do metronidazol não deverá ser postergada, mesmo naqueles casos em que há necessidade de prescrição de antirretrovirais. Recomenda-se a realização de profilaxia antirretroviral para o HIV, nos casos de penetração vaginal e ou anal desprotegida, em que a ejaculação ocorreu num prazo de até 72 horas. A Imunoglobulina Humana anti-hepatite B pode ser administrada em até, no máximo, sete dias após a violência sexual, embora seja recomendada a aplicação nas primeiras 72 horas após a violência. No caso de profilaxia com antirretrovirais, para usuárias de anticoncepcionais à base de progestágenos, deve-se recomendar a suspensão desses hormônios, em virtude da probabilidade de aumento da toxicidade hepática. A orientação deverá ocorrer no sentido de manter o uso de preservativos. O uso profilático de antibióticos, nos casos de realização de procedimentos para interrupção de gravidez, não revela redução das taxas de complicações infecciosas e, portanto, não justifica instituir essa rotina nos serviços. Responder Comentários Gabarito: letra bA quimioprofilaxia antirretroviral está recomendada em todos os casos de penetração vaginal e/ou anal nas primeiras 72 horas após a violência, ainda que o status sorológico do agressor seja desconhecido.Referência:Recomendações para terapia antirretroviral em adultos infectados pelo HIV - 2008 Suplemento III - Tratamento e prevenção A prescrição da quimioprofilaxia pós-exposição sexual ao HIV nos casos de violência não pode ser feita como rotina e aplicada, indiscriminadamente, a todas as situações. Exige avaliação cuidadosa quanto ao tipo de violência, bem como o tempo decorrido até a chegada da pessoa agredida ao serviço de referência após o crime. A quimioprofilaxia antirretroviral está recomendada em todos os casos de penetração vaginal e/ou anal nas primeiras 72 horas após a violência, inclusive se o status sorológico do agressor for desconhecido. Em situações de exposição envolvendo sexo oral exclusivo, mesmo com ejaculação dentro da cavidade oral, a transmissão do HIV é rara, mas já foi descrita. Como não existem evidências definitivas para assegurar a indicação profilática dos antirretrovirais nestes casos, a relação risco benefício deve ser cuidadosamente considerada e a decisão individualizada, levando em consideração o desejo da vítima em realizar a profilaxia, a presença de lesões na cavidade oral e o conhecimento do status sorológico do agressor.De forma geral, não está recomendada profilaxia para o HIV no caso de violência sexual em que a mulher, a criança ou a adolescente apresente exposição crônica e repetida ao mesmo agressor devido à possibilidade da contaminação já ter ocorrido no passado. Entretanto, é importante avaliar o contexto em que a violência vem ocorrendo e essencial interromper o ciclo de agressão. Nestes casos, independente da indicação . 56 .MINISTÉRIO DA SAÚDE da profilaxia, a investigação sorológica deverá ser feita por seis meses, considerando-se o último episódio conhecido de exposição (anal, vaginal ou oral), e a decisão de indicar profilaxia deve ser individualizada.A quimioprofilaxia não está indicada nos casos de uso de preservativo durante todo o crime sexual. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/prevencao_agravo_violencia_sexual_mulheres_3ed.pdf