FEBRE TIFÓIDE
Prevenção
A água potável deve ser purificada e a água de esgoto devem ser descartada de forma eficaz. Portadores crônicos devem evitar a manipulação de alimentos e não devem cuidar de pacientes ou crianças pequenas até que se prove que eles estão livres do organismo; devem ser implementadas precauções de isolamento adequado dos pacientes. É importante dar atenção especial a precauções entéricas.
Viajantes em áreas endêmicas devem evitar ingerir vegetais em folhas crus, outros alimentos armazenados ou servidos a temperatura ambiente e água sem tratamento (incluindo cubos de gelo). A menos que se conheça a segurança da água, esta deve ser fervida ou clorada antes de beber.
Uma vacina viva atenuada oral contra febre tifoide está disponível (cepa Ty21a); ela é usada por viajantes para regiões endêmicas e é aproximadamente 70% eficaz. Ela também pode ser considerada para uso doméstico ou outros contatos próximos dos portadores. É administrada a cada 2 dias, em um total de quatro doses, que devem ser completadas ≥ 1 semana antes da viagem. Uma dose de reforço é necessária após 5 anos para pessoas que permanecem em risco. A vacina deve ser adiada por > 72 h depois de os pacientes terem tomado qualquer antibiótico e não deve ser usada junto com a mefloquina, um antimalárico. Como a vacina contém microrganismos S. Typhi, é contraindicada para pacientes imunossuprimidos. Nos EUA, a vacina Ty21a não é usada em crianças < 6 anos de idade.
Uma alternativa é uma dose única intramuscular da vacina de polissacarídio Vi, que apresenta 64 a 72% de eficácia e é bem tolerada, mas não é usada em crianças < 2 anos de idade. Para as pessoas que permanecem em risco, uma dose de reforço é necessária após 2 a 3 anos.
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/bacilos-gram-negativos/febre-tifoide