Prolapso uterino é a descida do útero em direção ao introito vaginal ou ultrapassando-o. Prolapso vaginal é a descida da vagina ou da cúpula vaginal após histerectomia. Os sintomas incluem sensação de plenitude e pressão vaginal. O diagnóstico é clínico. O tratamento inclui redução, pessários e cirurgias.
Classifica-se um útero prolapsado com base no nível de sua descida:
Primeiro grau: Até a parte superior da vagina
Segundo grau: Até o introito vaginal
Terceiro grau: Para a parte externa do introito
Quarto grau (às vezes chamado de procidência): Útero e colo uterino além do introito vaginal
O prolapso vaginal pode ser de segundo ou de terceiro grau.
Sinais e sintomas
Os sintomas tendem a ser mínimos no prolapso uterino de primeiro grau. Já nos de segundo ou terceiro grau, são comuns: sensação de plenitude e pressão, bem como a impressão de queda dos órgãos. Pode se desenvolver dor lombar ou na região coccígea. Constipação intestinal pode estar associada.
O prolapso uterino de terceiro grau manifesta-se como uma protuberância ou protrusão da cérvice ou da cúpula vaginal, embora possa ocorrer redução espontânea antes mesmo de a paciente apresentar os sintomas. A mucosa vaginal pode se tornar ressecada, fina, cronicamente inflamada e, secundariamente, infectada e ulcerada. As úlceras podem ser dolorosas ou sangrar e se assemelhar ao câncer vaginal. A cérvice, se estiver protrusa, também pode se tornar ulcerada.
Os sintomas do prolapso vaginal são similares. Em geral, há cistocele e retocele.
A incontinência e urgeincontinência urinárias são comuns. O órgão pélvico prolapsado pode obstruir o fluxo urinário intermitentemente, causando retenção urinária e mascarando uma incontinência urinária de esforço ou por transbordamento. O aumento da frequência miccional e a urgeincontinência podem acompanhar o prolapso vaginal.
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/ginecologia-e-obstetr%C3%ADcia/s%C3%ADndromes-do-relaxamento-p%C3%A9lvico/prolapsos-uterino-e-vaginal
Gabarito: letra d
De acordo com os PROTOCOLOS DA ATENÇÃO BÁSICA - saúde da mulher 2016,
7 Queixas urinárias
7.1 Perdas urinárias
Sinais de alerta:
Hematúria
Dor
ITU recorrente
Prolapso uterino sintomático
Massa pélvica
Suspeita de fístula.
Quando a mulher estiver queixando de perda urinária, o Enfermeiro e/ou médico deverá realizar entrevista e exame físico dessa paciente.
Na entrevista:
- Verificar início dos sintomas, duração, frequência de perdas, gravidade, hábito intestinal, fatores precipitantes, sintomas associados, como urgência miccional, frequência urinária, noctúria, hesitância, esvaziamento incompleto, disúria.
- Avaliar o impacto sobre a qualidade de vida.
- Identificar fatores contribuintes: obesidade, status hormonal, história obstétrica, tabagismo, ingestão hídrica, atividade física e sexual, uso de medicamentos, cirurgia pélvica prévia.
- Investigar possíveis causas: infecções do trato urinário, neoplasia vesical, litíase urinária vesical, obstrução infravesical, fatores emocionais e sinais que possam sugerir doenças neurológicas.
No exame físico:
- Excluir comprometimento neurológico.
- Avaliar o suporte pélvico e excluir outras anormalidades pélvicas.
- Avaliar abdome, dorso e pelve na busca por massas pélvicas, com atenção à integridade do períneo e à força muscular.
- Avaliar as paredes vaginais e o colo do útero, em busca de sinais de deprivação estrogênica, fístula, cicatrizes e distopias pélvicas.
- O toque retal testa a força da parede vaginal posterior, a presença de retocele, enterocele, e o tônus do esfíncter anal.
Classificação do tipo de Incontinência Urinária:
Incontinência Urinária de Esforço:
Perda de urina involuntária aos esforços ou durante os atos de espirrar, tossir, rir ou subir escadas.
Incontinência Urinária de Urgência:
Perda de urina involuntária acompanhada ou precedida de urgência.
Incotinência Urinária Mista:
Perda de urina involuntária associada com urgência e esforço.