GABARITO: C
(CORRETA) I. O debate da instrumentalidade tenta romper com a visão formalista de conceber instrumentos e técnicas como algo que determina a ação profissional.
"Na medida em que os profissionais utilizam, criam, adequam às condições existentes, transformando-as em meios/instrumentos para a objetivação das intencionalidades, suas ações são portadoras de instrumentalidade" (GUERRA, p. 2) ou seja, o que determina a ação profissional é o trabalho no cotidiano por meio da mediação que envolve as dimensões técnica-instrumental, teórico intelectual, ético-política e formativa. Desse modo, os instrumentos e as técnicas são elementos dessa instrumentalidade e não os determinantes dela (entendimento meu).
(ERRADA) II. Os procedimentos adotados, ou seja, o instrumental técnico-operativo, por si só, é responsável pela direção da intervenção profissional.
"Da cultura profissional os assistentes sociais recolhem e na instrumentalidade constroem os indicativos teórico-práticos de intervenção imediata, o chamado instrumental-técnico ou as ditas metodologias de ação" (GUERRA, p.12) Isto é, é a partir da historicidade, do movimento da realidade, no cotidiano, que se direciona a intervenção profissional utilizando-se da instrumentalidade, que envolve :as dimensões técnica-instrumental, teórico intelectual, ético-política e formativa. Melhor dizendo: não é só a dimensão técnica-instrumental (entendimento meu).
(CORRETA) III. O essencial da discussão sobre a instrumentalidade remete à condição de existência, ao significado sócio-histórico e político da profissão na ordem burguesa.
Sim, pois a instrumentalidade é condição de reconhecimento social dessa profissão, inserida na ordem burguesa, requisitada a atender necessidades sociais antagônicas (luta de classes). Por isso é necessário refletir para que o trabalho do/da assistente social não se perca nessa ordem societária que prioriza a fragmentação; mesmo sendo trabalhadores(as) assalariados(as) é possível exercer um trabalho crítico e que tensione a favor das classes trabalhadoras (entendimento meu a partir de GUERRA).
OBS; Sugiro estudarem o texto completo para entender melhor, tendo em vista sua complexidade:
Fonte: GUERRA, Yolanda. A INSTRUMENTALIDADE NO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL. Disponível em: http://www.unirio.br/unirio/cchs/ess/Members/altineia.neves/instrumentos-e-tecnicas-em-servico-social/guerra-yolonda-a-instrumentalidade-no-trabalho-do-assistente-social/view
I. O debate da instrumentalidade tenta romper com a visão formalista de conceber instrumentos e técnicas como algo que determina a ação profissional.
II. Os procedimentos adotados, ou seja, o instrumental técnico-operativo, por si só, é responsável pela direção da intervenção profissional.
A instrumentalidade no serviço social engloba três esferas: a teórica�metodológica, a técnica-operativa e a ética-política. Todas estão relacionadas entre si na prática profissional. A primeira faz menção aos conceitos e conhecimentos que irão permitir ao assistente social compreender a realidade. A técnica-operativa refere-se aos instrumentos que possibilitarão o profissional intervir nessa realidade. Já o ético�político é o que estabelece o que o assistente social pretende alcançar com sua ação, ou seja, tem relação com a escolha do projeto profissional. Em outras palavras o teórico -metodológico faz o assistente social compreender, o técnico-operativo intervir e o ético-político os seus objetivos
III. O essencial da discussão sobre a instrumentalidade remete à condição de existência, ao significado sócio-histórico e político da profissão na ordem burguesa.