Gabarito: letra c
A) É doença de notificação compulsória em todo o território nacional.
Errada.
Notificação - Não é doença de notificação compulsória nacional.
B) É transmitida por contato direto (de pessoa a pessoa).
Errada.
Modo de transmissão - Por inalação do fungo. Contaminação por meio de ferimentos cutâneos e mucosas é extremamente rara.
C) Não há medida de controle disponível.
Correta.
MEDIDAS DE CONTROLE - Não há medida de controle disponível. Deve-se tratar os doentes precoce e corretamente, visando impedir a evolução da doença e suas complicações. Indica-se desinfecção concorrente dos exudatos, artigos contaminados e limpeza terminal.
D) Tem como diagnóstico diferencial a Parotidite infecciosa.
Errada.
Diagnóstico diferencial - Com as outras micoses sistêmicas que compõem a síndrome verrucosa (tuberculose, esporotricose, histoplasmose em imunodeprimidos, leishmaniose tegumentar americana, e sífilis. Nas formas linfáticas, deve-se diferenciar do linfoma de Hodgkin, Tuberculose ganglionar e outras neoplasias.
Referência:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 8.ed. rev. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010. ISBN 978-85-334-1657-4
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Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Câmara Legislativa do Distrito Federal Prova: FCC - 2018 - Câmara Legislativa do Distrito Federal - Consultor Técnico-Legislativo - Enfermeiro
Q937525
Um homem de 48 anos apresenta comprometimento pulmonar, lesões ulceradas de pele e linfoadenopatia. O diagnóstico é paracoccidioidomicose, que é uma doença:
I. transmitida pela inalação do fungo P. brasiliensis.
II. com período de incubação que pode variar de 1 mês a anos.
III. de notificação compulsória nacional.
IV. viral transmitida por secreções respiratórias.
Está correto o que se afirma APENAS em
A) I, II e III. B) III. C) IV. D) III e IV. E) I e II.
PARACOCCIDIOIDOMICOSE:
Micose sistêmica, autóctone da América Latina, com maior ocorrência na Argentina, Colômbia, Venezuela e Brasil.
Não é doença de notificação compulsória. As micoses sistêmicas não são doenças de notificação e esta doença ainda não é objeto de vigilância epidemiológica de rotina. Apenas em alguns estados brasileiros, a paracoccidioidomicose integra o rol das doenças de notificação compulsória. Pela importante problema de saúde pública tem sido discutida a inclusão dessa entre as doenças de notificação compulsória.
Medida de Controle: Não há vacina e nem medida de controle disponível. Os doentes devem ser tratados precocemente e de maneira correta impedindo a evolução da doença e suas complicações. Medidas de esclarecimento à população devem ser realizadas no caso de suspeição da doença.
Transmissão: Inalação de partículas infectantes do fungo (conídios) dispersas na natureza. Quando inalados transformam em leveduras, forma parasitária nos tecidos do hospedeiro. Não há transmissão homem a homem e não há relatos de contágios de animais para homem.
Diagnóstico Diferencial: tuberculose, a histoplasmose, a coccidioidomicose e a sarcoidose. As lesões mucosas devem ser diferenciadas da leishmaniose tegumentar, das lesões mucosas da histoplasmose, das lesões neoplásicas. As manifestações cutâneas da paracoccidioidomicose podem se confundir com a esporotricose, cromomicose, lobomicose, hanseníase, treponematoses ou com neoplasias de pele. Na forma juvenil, os principais diagnósticos diferenciais são doenças linfoproliferativas, histoplasmose, calazar, tuberculose e outras micobacterioses.
Fonte: Guia de Vigilância Epidemiológica | Caderno 7 . Ano 2010