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ID
2828227
Banca
FUMARC
Órgão
COPASA
Ano
2018
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

A Paracoccidioidomicose é uma micose, geralmente de sintomatologia cutânea importante, grave, que apresenta a forma crônica, conhecida como “tipo adulto” e forma aguda ou subaguda (tipo juvenil). Na forma crônica, acomete predominantemente indivíduos do sexo masculino, maiores de 30 anos, trabalhador ou ex-trabalhador rural.

Em relação a essa doença, é CORRETO afirmar:

Alternativas
Comentários
  • Não há medida de controle disponível. 


  • Gabarito: letra c


    A) É doença de notificação compulsória em todo o território nacional. 

    Errada.

    Notificação - Não é doença de notificação compulsória nacional.

    B)  É transmitida por contato direto (de pessoa a pessoa). 

    Errada.

    Modo de transmissão - Por inalação do fungo. Contaminação por meio de ferimentos cutâneos e mucosas é extremamente rara.

    C) Não há medida de controle disponível. 

    Correta.

    MEDIDAS DE CONTROLE - Não há medida de controle disponível. Deve-se tratar os doentes precoce e corretamente, visando impedir a evolução da doença e suas complicações. Indica-se desinfecção concorrente dos exudatos, artigos contaminados e limpeza terminal.

    D) Tem como diagnóstico diferencial a Parotidite infecciosa. 

    Errada.

    Diagnóstico diferencial - Com as outras micoses sistêmicas que compõem a síndrome verrucosa (tuberculose, esporotricose, histoplasmose em imunodeprimidos, leishmaniose tegumentar americana, e sífilis. Nas formas linfáticas, deve-se diferenciar do linfoma de Hodgkin, Tuberculose ganglionar e outras neoplasias.


    Referência:

    Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 8.ed. rev. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010. ISBN 978-85-334-1657-4


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    Q937525

    Um homem de 48 anos apresenta comprometimento pulmonar, lesões ulceradas de pele e linfoadenopatia. O diagnóstico é paracoccidioidomicose, que é uma doença:


    I. transmitida pela inalação do fungo P. brasiliensis.

    II. com período de incubação que pode variar de 1 mês a anos.

    III. de notificação compulsória nacional.

    IV. viral transmitida por secreções respiratórias.


    Está correto o que se afirma APENAS em 

    A) I, II e III.  B) III.  C) IV.  D) III e IV.  E) I e II. 


  • PARACOCCIDIOIDOMICOSE:

    Micose sistêmica, autóctone da América Latina, com maior ocorrência na Argentina, Colômbia, Venezuela e Brasil.

    Não é doença de notificação compulsória. As micoses sistêmicas não são doenças de notificação e esta doença ainda não é objeto de vigilância epidemiológica de rotina. Apenas em alguns estados brasileiros, a paracoccidioidomicose integra o rol das doenças de notificação compulsória. Pela importante problema de saúde pública tem sido discutida a inclusão dessa entre as doenças de notificação compulsória. 

    Medida de Controle: Não há vacina e nem medida de controle disponível. Os doentes devem ser tratados precocemente e de maneira correta impedindo a evolução da doença e suas complicações. Medidas de esclarecimento à população devem ser realizadas no caso de suspeição da doença. 

    Transmissão: Inalação de partículas infectantes do fungo (conídios) dispersas na natureza. Quando inalados transformam em leveduras, forma parasitária nos tecidos do hospedeiro. Não há transmissão homem a homem e não há relatos de contágios de animais para homem.

    Diagnóstico Diferencial: tuberculose, a histoplasmose, a coccidioidomicose e a sarcoidose. As lesões mucosas devem ser diferenciadas da leishmaniose tegumentar, das lesões mucosas da histoplasmose, das lesões neoplásicas. As manifestações cutâneas da paracoccidioidomicose podem se confundir com a esporotricose, cromomicose, lobomicose, hanseníase, treponematoses ou com neoplasias de pele. Na forma juvenil, os principais diagnósticos diferenciais são doenças linfoproliferativas, histoplasmose, calazar, tuberculose e outras micobacterioses.

    Fonte: Guia de Vigilância Epidemiológica | Caderno 7 . Ano 2010