O texto foca na democracia construída na "cabine eleitoral" na qual cada um é um "sacerdote, ao qual é confiada a arca da aliança". Ou seja, o ponto principal do texto de Bobbio é a centralidade do indivíduo na sociedade. Esta ideia está contida na alternativa E.
E por que as demais alternativas estão erradas?
Com relação à alternativa A, apesar de utilizar metáforas como "sacerdote" e "arca da aliança", o autor não pretendeu afirmar que o direito tem uma base teísta (fundamentada em deus, ou na religião). Sobre a alternativa B, não é possível identificar no texto qualquer menção à hierarquia de classe, pelo contrário, é dado o mesmo valor e importância a "cada um de nós". A alternativa C sugere que as metáforas enfatizem a formalidade administrativa, o que não é o caso. As metáforas buscaram ilustrar a relevância de cada eleitor no "método de seleção dos líderes".
A alternativa D é a que pode causar mais confusão. Geralmente, quando pensamos em "eleição" a primeira imagem que vem à cabeça é a do presidente/prefeito (Poder Executivo), não é mesmo? Porém, também elegemos deputados, senadores, vereadores (Poder Legislativo). Querendo ou não, eles também são nossos líderes. Note que a proposta da questão delimita a resposta às metáforas do texto. Nenhuma metáfora sugere o protagonismo do poder executivo, sugere? Elas fazem alusão ao eleitor, não ao(s) eleito(s).
Boa prova para todos nós! ;)