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ID
2847586
Banca
Quadrix
Órgão
SEDF
Ano
2018
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Considerando o desenvolvimento da literatura no Brasil, bem como os fundamentos de teoria literária, julgue o item.


A predominância da cor local nas obras românticas expressava o esforço dos escritores nacionais para criar uma literatura original, capaz de definir o caráter brasileiro sem a necessidade de recorrer ao pitoresco e de incluir, no mundo da obra, figuras socialmente marginalizadas no Brasil do século XIX, como as do indígena e do negro.

Alternativas
Comentários
  • A predominância da cor local nas obras românticas expressava o esforço dos escritores nacionais para criar uma literatura original, capaz de definir o caráter brasileiro sem a necessidade de recorrer ao pitoresco e de incluir, no mundo da obra, figuras socialmente marginalizadas no Brasil do século XIX, como as do indígena e do negro.

    1º FASE: COR LOCAL e descrições DOS NATIVOS;

    2º FASE: SENTIMENTALISMO EXAGERADO e DOENTIO; e

    3º FASE: CRITICA ,sobretudo, A ESCRAVIDÃO DOS NEGROS e das DESIGUALDADES DE CLASSES.

  • Ainda não consegui entender porque essa questão está ERRADA... :(

  • A afirmativa diz que a cor local se manifesta "SEM a necessidade de recorrer ao pitoresco e de incluir, no mundo da obra, figuras socialmente marginalizadas no Brasil do século XIX, como as do indígena e do negro" e o Romantismo faz exatamente o contrário. A cor local se manifesta no Romantismo através da exaltação da natureza tropical, das matas e florestas nacionais; do indianismo, o índio como herói nacional; e da valorização do português brasileiro, fortalecimento da nossa variação, do nosso léxico e demais particularidades linguísticas frente a variação de Portugal. Logo, temos sim o pitoresco (de caráter particular, distintivo.) e a figura indígena como características românticas.

  • De fato a figura do índio real foi relativamente evitada. O que ocorreu foi a idealização de um índio baseado nos preceitos dos cavaleiros medievais europeus, uma vez que os residentes aqui no Brasil eram os índios (ainda explorados), os negros (escravizados) e os europeus e seus descendentes. Portanto o ideário de um índio selvagem, sem um passado de lutas, não condizia com a classe dominante da época, por isso, criou-se um índio híbrido, parte de sua cultura era explorada, outra parte era idealizada. Lembrem-se que em Iracema, o "primeiro brasileiro" é filho de um europeu, o único capaz de vislumbrar a jovem líder Iracema, que jamais havia mantido relações com outro homem de seu povo, mas se apaixona justamente pelo colonizador europeu, que no fim, apoiado por uma tribo inimiga da tribo de Iracema, dízima o povo da moça.

    Esse foi um meio que o estado usou para fazer nascer o sentimento de patriotismo nos aqui resididos. Basta lembrar que Alencar era um político e fez parte desse plano de varrer para debaixo do tapete aquilo que não era conveniente aos poderosos da época e aflorar um falso patriotismo baseados em preceitos europeus para fazer a massa se sentir orgulhosa de fazer parte de um Brasil pós-independência.

    Claro, a questão está errada, pois seja como seja, a figura do índio foi sim muito explorada, ademais, temos outros erros na assertiva, como bem apontam os colegas.