O swap é um derivativo — contrato cujo valor deriva de outro ativo — que envolve a troca de indexadores entre duas partes (o BC e um investidor, por exemplo). Na operação, não há transferência de fluxos de capital, mas sim uma troca de rentabilidades no final do período do contrato.
No swap tradicional, o Banco Central oferece ao investidor o pagamento da oscilação do dólar, além de um prêmio. Já o investidor se compromete a pagar ao BC a diferença da taxa de juros durante o período de validade do ativo. A referência é o DI, taxa utilizada entre instituições financeiras que é próxima à Selic.
É como se os investidores apostassem que os juros irão subir mais que o dólar e o BC apostasse o contrário. No fim do contrato, as duas partes trocam os rendimentos. Caso o dólar aumente mais que os juros, os investidores ficam protegidos, enquanto o Banco Central deixa de ganhar.
O objetivo do BC, no entanto, não é ganhar ou perder dinheiro. A autoridade monetária oferta esse contrato quando julga que há a necessidade de controlar altas bruscas da moeda norte-americana — que impactam diretamente na inflação do país.
Como esses contratos funcionam como uma garantia, eles tornam a compra do dólar à vista desnecessária naquele momento, aliviando a pressão sobre a moeda norte-americana. É por isso que se diz que o swap cambial tradicional é o equivalente à venda de dólares no mercado futuro.
Fonte: https://exame.abril.com.br/mercados/entenda-o-que-e-swap-cambial-e-swap-reverso/