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ID
2855497
Banca
FCC
Órgão
MPE-PE
Ano
2018
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

Considere os trechos abaixo retirados da edição de 6 de setembro de 1954 do jornal A Tribuna da Imprensa


A carta, evidentemente apócrifa, atribuída ao presidente Getúlio Vargas por aqueles que em vida lhes exploraram a autoridade e a popularidade para as mais sórdidas manobras, dá a medida do que pretendem fazer, à custa do sacrifício que Vargas se impôs para livrar-se da desonra que lhe impuseram os seus “amigos”, esses mesmos que, até agora, viveram dos juros do seu prestígio e, a partir de agora, pretendem viver da sua herança trágica. 

[...]

A influência direta do atentado da Rua Toneleros no suicídio do ex-presidente, que não pode alguém acreditar, como nós acreditamos, na grandeza trágica do seu suicídio e na mesquinharia que ressalta dessa carta - cujo objetivo de desagregação e de intriga tanto se identifica com os grupos que, por seus crimes, levou o presidente à desesperada decisão.

(In: MENDONÇA, Marina Gusmão de. O Demolidor de Presidentes. São Paulo: Códex, 2002, p. 160)


O jornalista e diretor do referido jornal, conhecido por ter sido vítima de um atentado atribuído ao segurança do então presidente da República e pela sua forte militância difamatória contra Getúlio Vargas, foi

Alternativas
Comentários
  • GAB E

     

    Em agosto de 1953 Lacerda fundou no Rio de Janeiro o Clube da Lanterna, congregando diversos parlamentares, principalmente udenistas, no combate ao governo Vargas. Em 1954 a situação política se agravou quando, na madrugada do dia 5 de agosto, ao voltar de um comício no Colégio São José, Lacerda foi alvejado na porta de sua casa, à rua Toneleros, em Copacabana. O atentado que se tornou conhecido como Atentado da Toneleros , resultou na morte do major-aviador Rubens Florentino Vaz, integrante de um grupo de oficiais da Aeronáutica que dava proteção a Lacerda, que escapou com um ferimento no pé.

    No dia 12 Lacerda lançou um editorial na Tribuna da Imprensa exortando as forças armadas a exigirem a renúncia de Vargas. Com a confirmação do envolvimento da guarda pessoal do presidente no atentado, a oposição intensificou sua campanha. No dia 22 a exigência da renúncia de Vargas começou a generalizar-se nos meios militares. Isolado politicamente e na iminência de ser deposto, Vargas suicidou-se no dia 24.

     

    Fonte: https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/biografias/carlos_lacerda