Gabarito: Letra E.
De acordo com o Guia Prático sobre a Hanseníase.Brasília-DF.2017
a) Errado.
No paciente MB (hanseníase dimorfa e virchowiana), a baciloscopia normalmente é positiva. Caso seja negativa, levar em consideração o quadro clínico para o diagnóstico e classificação desse doente (manter a classificação MB se o quadro clínico for de hanseníase dimorfa ou virchowiana).
b) Errado.
No paciente paucibacilar (PB), ou seja, com hanseníase indeterminada ou tuberculóide, a baciloscopia é negativa. Caso seja positiva, reclassificar o doente como MB.
No paciente MB (hanseníase dimorfa e virchowiana), a baciloscopia normalmente é positiva. Caso seja negativa, levar em consideração o quadro clínico para o diagnóstico e classificação desse doente (manter a classificação MB se o quadro clínico for de hanseníase dimorfa ou virchowiana).
c) Errado.
O diagnóstico de hanseníase deve ser baseado na história de evolução da lesão, epidemiologia e no exame físico (nervos periféricos espessados e/ou lesões de pele ou áreas de pele com alterações de sensibilidade térmica e/ou dolorosa e/ou tátil, alterações autonômicas circunscritas quanto à reflexia à histamina e/ou à sudorese).
Em algumas situações, os exames subsidiários (baciloscopia e biópsia de pele) podem ser necessários para auxiliar o diagnóstico, porém sempre devemos considerar as limitações desses exames, valorizando essencialmente os achados clínicos encontrados.
d) Errado.
Reação de Lewis
Se não ocorrer o eritema, não sendo uma lesão de nascença (nervo anêmico), ou se o paciente não estiver utilizando antialérgicos, essa ocorrência (prova da histamina incompleta) é altamente sugestiva de hanseníase.
O teste deve ser feito também em uma área de pele não comprometida, para controle positivo, onde a prova deve ser completa.
e) Correta.
No paciente paucibacilar (PB), ou seja, com hanseníase indeterminada ou tuberculóide, a baciloscopia é negativa. Caso seja positiva, reclassificar o doente como MB.
Reação de Lewis
Se não ocorrer o eritema, não sendo uma lesão de nascença (nervo anêmico), ou se o paciente não estiver utilizando antialérgicos, essa ocorrência (prova da histamina incompleta) é altamente sugestiva de hanseníase.
O teste deve ser feito também em uma área de pele não comprometida, para controle positivo, onde a prova deve ser completa.
Nos Casos duvidosos, ou em crianças, ou ainda em indivíduos de baixo nível intelectual, podem-se usar recursos clínicos adicionais que seriam a prova da histamina e a prova da pilocarpina.
No caso da histamina, coloca-se uma ou várias gotas de uma solução milesimal dessa substância, na área suspeita e na área sadia e perfura-se a pele superficialmente através das mesmas. Vai ser observado, dentro de alguns instantes, um pequeno halo eritematoso em torno da picada, devido à ação da histamina sobre os vasos; em seguida há formação de uma área eritematosa maior que seria o eritema reflexo devido ao estímulo das terminações nervosas e finalmente há formação de uma pápula. No lugar onde existe perturbação da sensibilidade, não haverá formação do eritema maior de origem reflexa.
A prova da pilocarpina se efetua injetando-se intradermicamente uma solução de nitrato ou cloridrato dessa substância a 1 ou 2%. A pilocarpina é aplicada na área suspeita e na pele sadia, observando-se depois de 1 minuto ou 2, a saída de gotículas de suor na área sadia e a ausência ou diminuição do suor ria área suspeita. Podemos sensibilizar essa prova, pincelando a região onde foi injetada a pilocarpina com lugol e pulverizando o local com amido. Identifica-se a sudorese pelo aparecimento de pontos azulados onde emergem as gotículas de suor.
Diltor Vladimir Araújo Opromolla