A concepção e preparação de originais para publicações sofreram
muitas mudanças ao longo da história. De acordo com Chartier (2009), essas
alterações podem ser divididas em três grandes momentos: a escrita manuscrita,
o uso da máquina de escrever e o uso de ferramentas digitais.
Durante séculos, o uso da escrita manuscrita foi a única
maneira de criar publicações. O uso da prensa, criada por Gutenberg no século
15, impulsionou a distribuição dos conteúdos criados em suportes físicos e elaborados
à mão.
Na metade do século 19 foi inventada a máquina de escrever, também
conhecida como máquina datilográfica. Esse instrumento consistia na impressão
de caracteres em um documento físico (geralmente um papel) a partir do acionamento
de teclas de metal. Essa ferramenta passou a ser amplamente usada com a expansão
do setor comercial e de serviços, nas repartições públicas, nos bancos e nos
escritórios, devido à maior rapidez e uniformidade da escrita.
As ferramentas digitais, como os computadores, surgidas no
final do século 20, possibilitaram avanços significativos na concepção e
preparação de originais, como facilidade e velocidade na edição, e passaram a ocupar
a posição de suporte principal nesse quesito em detrimento das duas outras
formas anteriores.
Com base nessa explicação, podemos concluir que a questão
está
correta.
Gabarito do professor: Certo.
Bibliografia:
- Chartier, R. O livro e seus poderes: séculos
XV a XVIII. In: Coutinho, E. G.; Gonçalves, M. S. (orgs.). Letra impressa:
comunicação, cultura e sociedade. Porto Alegre: Sulina, 2009.