Teorias Construcionistas: como uma alternativa ao determinismo das Teorias de Ação Política e opondo-se à ideia de notícias como distorção da realidade, as Teorias Construcionistas propõem um novo paradigma em que: 1) uma autonomia relativa do jornalista é considerada - a visão instrumentalista é rejeitada; 2) as notícias são uma construção da realidade. Também opõem-se à Teoria do Espelho, porque consideram as influências advindas tanto dos valores e interesses do jornalista (Teoria da Ação Pessoal), quanto da política e normas da organização em que ele se insere (Teoria Organizacional). As Teorias Construcionistas consideram que as notícias são como são devido às interações entre os agentes produtores da notícia: 1) as fontes (sejam elas oficiais ou não); 2) a própria comunidade jornalística (intra e extra-organizacional); 3) a sociedade de uma maneira geral (empresários, políticos, burocratas, profissionais liberais, trabalhadores, eleitores, estudantes, etc.). Nesse contexto de construção da realidade da notícia, o texto jornalístico aproxima-se da narração, distanciando-se da mera exposição dos fatos. Aproxima-se da narração sem, contudo, tornar-se ficção: trata-se de um recorte da realidade, um construto resultante da interação dos diferentes agentes, das diferentes forças atuantes do campo jornalístico - um campo aberto, dinâmico.
http://jornalismoufg.blogspot.com.br/2013/06/teorias-do-jornalismo-aula_25.html