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Para vigiar e detectar precocemente a circulação do agente preconiza-se: fortalecimento da monitorização das doenças diarréicas agudas (MDDA), nos municípios do país, e a monitorização ambiental para pesquisa de Vibrio cholerae, no ambiente.
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MEDIDAS DE CONTROLE
Quando o V. cholerae é introduzido em áreas com precárias condições sanitárias, o risco de circulação é bastante elevado e, principalmente, quando não existe um bom sistema de abastecimento de água potável para as comunidades, o principal instrumento para o controle da Cólera, é prover as populações sob risco, de adequada infraestrutura de saneamento (água, esgotamento sanitário e coleta e disposição de lixo), o que exige investimentos sociais do poder público. A rede assistencial deve estar estruturada e capacitada para a detecção precoce e o manejo adequado dos casos. Deve-se ter cuidados com os vômitos e as fezes dos pacientes no domicílio. É importante informar sobre a necessidade da lavagem rigorosa das mãos e procedimentos básicos de higiene. Isolamento entérico nos casos hospitalizados, com desinfecção concorrente de fezes, vômitos, vestuário e roupa de cama dos pacientes. A quimioprofilaxia de contatos não é indicada por não ser eficaz para conter a propagação dos casos. Além disso, o uso de antibiótico altera a flora intestinal, modificando a suscetibilidade à infecção, podendo provocar o aparecimento de cepas resistentes. A vacinação apresenta baixa eficácia (50%), curta duração de imunidade (3 a 6 meses) e não evita a infecção assintomática. Para vigiar e detectar precocemente a circulação do agente preconiza-se: fortalecimento da monitorização das doenças diarréicas agudas (MDDA), nos municípios do país, e a monitorização ambiental para pesquisa de V. cholerae, no ambiente. É importante ressaltar que no caso do V. cholerae El Tor, a relação entre doentes e assintomáticos é muito alta, podendo haver de 30 a 100 assintomáticos para cada indivíduo doente; assim, as medidas de prevenção e controle devem ser direcionadas a toda a comunidade, para garantir o impacto desejado.
Doenças infecciosas e parasitárias : guia de bolso / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 8. ed. rev. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010.
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LETRA : C
De acordo com: Portal do Ministério da Saúde.
Quais são os fatores de risco para a cólera?
Os principais fatores de risco para a cólera são:
Condições precárias de saneamento básico;
Consumo de água sem tratamento adequado;
Condições precárias de higiene pessoal;
Consumo de alimentos sem higienização ou manipulação adequadas;
Consumo de peixes e mariscos crus ou mal cozidos.
Os principais sinais e sintomas da cólera são:
Diarreia.
Náuseas e vômitos.
A desidratação em decorrência da perda de líquidos pode levar a outros sintomas, como por exemplo:
Irritabilidade.
Letargia.
Olhos encovados.
Boca seca.
Sede excessiva.
Pele seca e enrugada.
Pouca ou nenhuma produção de urina.
Pressão arterial baixa.
Arritmia cardíaca.
Desequilíbrio eletrolítico (perda de minerais do sangue)
Essa perda de minerais no sangue ainda desencadeia uma série de outros sintomas, como:
Cãibras musculares.
Choque.
IMPORTANTE: O choque ocorre quando o volume de sangue baixo provoca queda na pressão arterial e na quantidade de oxigênio, situação que pode levar a pessoa à morte em questão de minutos.
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Cólera: Doença bacteriana que causa diarreia grave e desidratação, normalmente transmitida pela água.
A cólera é fatal se não for tratada imediatamente.
Os principais sintomas são diarreia e desidratação. Raramente, choque hemorrágico (quando uma pessoa perde mais de 20% do sangue ou fluido corporal) e convulsões podem ocorrer em casos graves.
O tratamento inclui reidratação, transmissão intravenosa de fluidos (IV) e antibióticos.