" O termo francês fait divers (introduzido por Roland Barthes no livro Essais Critiques, em 1964), que significa fatos diversos que cobrem escândalos, curiosidades e bizarrices, caracteriza-se como sinônimo da imprensa popular e sensacionalista. Sempre esteve presente desde o início da imprensa, sendo um dos primeiros recursos editoriais para chamar a atenção e promover a diversão da audiência. Atualmente o fait divers tem ocupado cada vez mais
espaços em veículos tradicionais, principalmente na televisão. Assim, este trabalho discute seu poder editorial, seu apelo para o entretenimento e verifica sua utilização nos principais telejornais brasileiros. Constata-se que o fait divers traz consigo o humor, o espetáculo e a emoção, conteúdos esses essenciais do jornalismo atual".
http://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/95531831334633995496460869458986933076.pdf
Fait-divers - Em francês, fatos diversos. Diz-se de notícia que desperta interesse do leitor por implicar rompimento insólito ou extraordinário do curso cotidiano dos acontecimentos. Assim, o crime passional, a briga de rua, o atropelamento, o assalto são fait-divers, narrativas típicas do jornalismo sensacionalista e popularesco.
Dicionário de Comunicação, Rabaça e Barbosa, p. 101/102
Fait-divers e antítese
Fait-divers (fatos diversos) é, à primeira vista, a matéria jornalística que não se situa em campo de conhecimento preestabelecido, como a política, a economia ou as artes. Eventos sem classificação, mas ainda assim notáveis por alguma relação interior entre seus termos. O estudo da estrutura dessas notícias mostra uma peculiaridade: enquanto a informação depende, para ser avaliada ou compreendida, de uma situação (política, econômica ou artística), o fait-divers interessa por si mesmo. Quando se escreve que alguém matou a mulher com uma corda de violão ou que um bispo foi preso em um cabaré, pouco importa o assassino, a vítima, qual o bispo, onde e como isso ocorreu: o interesse está na contradição entre o crime e a arma, ou entre a respeitabilidade do religioso e a natureza do lugar onde foi preso.
Linguagem Jornalística, Nilson Lage
GAB B
Ver Q979511