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Bem. Uma coisa é o bobeamento (realizado pelas bombas). Outra coisa é a vazão do sistema.
O arranjo em série ou paralelo das bombas não alteraria a vazão do sistema.
Assim, no caso do arranjo em paralelo das bombas, a vazão total do sistema seria a mesma. O que alteraria seria a vazão (executada particularmente) por cada bomba.
Essa foi minha conclusão do gabarito.
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Justificativa da CESPE (http://www.cespe.unb.br/concursos/slu_df_19/arquivos/10_449_SLUDF_010_00_COM_JUST.PDF)
Associando-se duas bombas idênticas em paralelo, não se consegue dobrar a vazão correspondente a uma dessas bombas instaladas em um sistema, haja vista a curvatura da curva característica da tubulação ou do sistema de tubulações.
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Em uma instalação elevatória que deva operar com uma ampla gama de
variações de descarga e de pressão, pode vir a ser vantajoso instalar várias
bombas idênticas na elevatória. Estas bombas poderão ser instaladas em
SERIE ou em PARALELO.
a) Bombas em paralelo
À primeira vista pode-se pensar que a vazão de funcionamento será o
dobro da vazão da bomba isolada. Mas isso não acontece porque a resistência
adicional da tubulação detemiinará uma redução na vazão.
Dada a curva de estrangulação de uma bomba centrífuga, obtém-se a
curva de estrangulação de 2 bombas iguais colocadas em paralelo, somando
a vazão Q para um dado valor de H:.
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Para responder essa pergunta
devemos colocar em prática nosso conhecimento sobre associação de bombas
hidráulicas em série e em paralelo.
Primeiramente é importante
definir que bombas hidráulicas são dispositivos cuja função é conferir
energia aos fluídos, aumentando sua pressão e, como consequência, melhorando o
escoamento.
É comum se deparar com
situações de grande variabilidade de vazão e de altura total de elevação,
dentre as quais uma única bomba não é capaz de garantir as demandas do projeto.
Como alternativa, duas ou mais bombas são associadas em série ou em paralelo. A
Figura 1 e a Figura 2 apresentam esquemas de bombas associadas em série e em
paralelo, respectivamente.
Figura 1: Esquema da associação
de bombas em série.
Figura 2: Esquema da
associação de bombas em paralelo.
Considerando bombas idênticas,
na associação em série:
- a altura de elevação do
sistema consiste no somatório da altura de elevação de cada bomba;
- a vazão do sistema
é a mesma vazão que passa por todas as bombas;
- a perda de carga no
sistema é igual a soma das perdas de carga nos trechos de tubulação.
Por sua vez, com a mesma
consideração de bombas idênticas, na associação em paralelo:
- a altura de elevação do
sistema é a mesma de todas as bombas;
- a vazão do sistema
consiste no somatório da vazão de cada bomba, sendo igual em cada bomba dada a
consideração feita. Caso as bombas sejam diferentes, a vazão total do sistema
se dividirá de forma inversamente proporcional às resistências de cada trecho
de tubulação;
- a perda de carga do
sistema é igual a perda de carga em cada trecho de tubulação.
Visto isso, ao adicionar uma
bomba idêntica a um sistema constituído por apenas uma bomba, apesar da vazão
do sistema ser o somatório da vazão de cada bomba, a resistência adicional
da nova tubulação causará perdas de carga e consequentes reduções na vazão,
fazendo com que a vazão máxima que o sistema é capaz de recalcar não dobre.
Vale lembrar que, sendo H a
altura de elevação e Q a vazão, de acordo com Porto (2006), “se duas ou mais
bombas funcionam em paralelo, a curva característica do conjunto é obtida
somando-se as abcissas das curvas características H = f(Q) correspondentes,
para cada bomba, em uma mesma altura total de elevação." A Figura 3 apresenta a
curva H = f(Q) de operação de duas bombas iguais em série e em paralelo
comparadas com a de uma única bomba.
Figura 3: Operação de duas
bombas iguais em série e em paralelo.
Fonte: Porto (2006).
Ainda de acordo com Porto
(2006), na Figura 3, “a partir da curva características de uma bomba, a
característica combinada de duas bombas iguais em série é obtida duplicando-se,
na vertical, os valores de Hy para cada
vazão, enquanto a característica da associação em paralelo é obtida
duplicando-se, na horizontal, os valores de Qx para cada altura total de
elevação."
Portanto, conclui-se que, considerando bombas idênticas, um
sistema de duas bombas associadas em paralelo não possui o dobro da vazão de um
sistema composto por uma única bomba. Logo, a
assertiva do enunciado está errada.
Gabarito do Professor: ERRADO.
R. M. Porto. Hidráulica
básica. 4.ª ed. São Carlos: EESC-USP, 2006.
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Uma bomba isolada sempre fornecerá mais vazão do que esta mesma bomba associada em paralelo com outra igual, pois a variação na perda de carga no recalque é diferente.
Fonte: ANDRADE, A. S. Máquinas Hidráulicas. Universidade Federal do Paraná. Disponível em: http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM120/APOSTILA_MH/AT087-Aula06_ASSOC.PARALELO.PDF
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SALIENTA-SE que a associação de duas bombas em paralelo não significa a obtenção do dobro da vazão bombeada, uma vez que as curvas das bombas e da tubulação não são lineares e constantes. O mesmo é valido para o caso da associação em série. Duas bombas associadas em série não refletem no dobro de altura de elevação.
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GAB.: ERRADO
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E-book com 320 questões comentadas:
https://abre.ai/c938
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Pessoal, quero fazer uma observação importante.
Essa questão cobrou um conhecimento mais aprofundado em relação a associação de bombas em paralelo. De fato, ao se associar duas bombas idênticas em paralelo, não se consegue que a vazão total seja o dobro da vazão de uma bomba apenas. Entretanto, muitas vezes as bancas consideram como certo que a associação de duas bombas idênticas em paralelo dobra a vazão do sistema.
(Consulplan TRF 2 2017) Para obter a curva característica das bombas associadas em paralelo, as vazões somam-se para a mesma altura manométrica. Para bombas associadas em série, as alturas que se somam para a mesma vazão.
(Marinha Segundo Tenente 2014) Se na associação em paralelo de bombas iguais, para cada carga, dobra-se a vazão, pode-se concluir que, numa instalação qualquer, a vazão fornecida por cada bomba poderá ser a metade da vazão da associação de bombas.
Para questões mais "simples", ou seja, quando a banca considera que a associação de bombas idênticas em paralelo dobra a vazão, pode-se considerar a tabela esquema abaixo
Para a associação de duas bombas idênticas, com vazão Q e altura de elevação H.
----------------- Vazão -------- Altura
Série --------------Q-----------------2H
Paralelo ---------2Q---------------- H
Vocês devem estar se perguntando... Como vou saber se a banca está considerando que na associação de bombas idênticas em paralelo a vazão dobra ou não?
Resposta: Sugerimos que vocês leiam as demais alternativas e vejam a que está menos errada.
Se a banca for o Cespe, sugerimos marcar a questão como errada, pois foi o entendimento da organizadora nessa questão.
Prof. Edigar TEC Concursos.
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QUESTÃO PASSÍVEL DE RECURSOS.
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Não dobra a vazão (isto é, eu teria Q e passaria a ter 2Q)
Mas é correto dizer que a vazão fornecida por cada bomba num sistema em paralelo é metade da vazão total.
Isto é:
- Minha bomba sozinha fornece Q.
- Cada bomba, individualmente, de um sistema em paralelo fornece um Qx
- Qx =/= Q.
- A vazão recalcada num sistema de bombas em paralelo é 2*Qx.
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Ainda de acordo com Porto (2006), na Figura 3, “a partir da curva características de uma bomba, a característica combinada de duas bombas iguais em série é obtida duplicando-se, na vertical, os valores de Hy para cada vazão, enquanto a característica da associação em paralelo é obtida duplicando-se, na horizontal, os valores de Qx para cada altura total de elevação."
Cespe tá de brincadeira... tá, não se considerou as perdas! mas as perdas unitárias no sistema único não seria as mesmas?
tá bom então. só não instalar em paralelo e instalar dois sistemas....
os caras sabem mais que Mello Porto. Que banca perversa!