SóProvas


ID
2990749
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SLU-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Geografia
Assuntos

Nenhum conceito é neutro, e qualquer criação de região, mesmo que não tenha uma evidência empírica no nosso espaço de vivência e que esteja vinculada mais diretamente a dilemas de ordem teórica, não é mera representação/generalização enquanto instrumento (necessário) para o entendimento do mundo; é também criação de realidades — e, assim, de alguma forma, instrumento de poder, pois novos conceitos também carregam, sempre, ainda que tantas vezes de forma velada, a força de produzir (outras) verdades.

Rogério Haesbaert. Regional-global: dilemas da região e da regionalização na geografia contemporânea. Rio de Janeiro: Bertrand, 2010, p. 183 (com adaptações).

Com referência ao assunto do fragmento de texto apresentado, julgue o seguinte item, considerando concepções epistemológicas para os conceitos de região e regionalização.


A regionalização brasileira em regiões geoeconômicas seguiu o critério de delimitação de fronteiras estatais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dividindo-se o Brasil em três macrorregiões.

Alternativas
Comentários
  • gab: ERRADO

    A divisão em regiões geoeconômicas (Amazônia, Nordeste e o Centro-Sul) não segue os limites das fronteiras dos estados. Há um maior dinamismo na delimitação e escolha dos critérios (priorizando aspectos sociais, econômicos e naturais também).

    Bons estudos.

  • Além da divisão regional brasileira composta por cinco macrorregiões (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste), existe outra divisão do território nacional (ainda não oficial). Essa outra proposta de regionalização tem como critérios os aspectos naturais e, principalmente, os socioeconômicos, são as chamadas regiões geoeconômicas do Brasil.

    Essa divisão estabelece três regiões geoeconômicas – a Amazônia, o Nordeste e o Centro-Sul.

    Os estados que integram essas regiões apresentam várias características em comum, no entanto, é necessário ressaltar que não há homogeneidade, sendo que cada unidade apresenta peculiaridades socioeconômicas.

    Conforme essa proposta de regionalização do território brasileiro, o norte de Minas Gerais faz parte do complexo regional nordestino, o extremo sul do Mato Grosso pertence à região Centro-Sul e o restante do seu território faz parte da região da Amazônia, a porção oeste do Maranhão integra-se à Amazônia, e o extremo sul do Tocantins pertence à região Centro-Sul.

  • 1 – Amazônia

    Compreende toda a extensão da floresta Amazônica localizada em território brasileiro. Integrada por todos os estados da região Norte, além do Mato Grosso (exceto sua porção sul) e oeste do Maranhão. É uma região que apresenta baixa densidade demográfica.

    As atividades econômicas desenvolvidas são: a agropecuária, que constitui o setor econômico mais importante, extrativismo vegetal, mineração e o setor industrial, com destaque para a zona industrial de Manaus.

    2 – Centro-Sul

    O complexo regional do Centro-Sul corresponde a quase um terço do território nacional, compreende aos estados das regiões Sul e Sudeste (exceto o extremo norte de Minas Gerais), ao estado de Goiás, Mato Grosso do Sul, extremo sul do Mato Grosso e extremo sul do Tocantins.

    É o complexo regional mais desenvolvido economicamente, abriga a maior parte do parque industrial, das áreas de atividades agrícolas mais modernas, dos bancos, mercados de capitais, empresas transnacionais, comércios e universidades do país. É extremamente urbanizado.

    3 – Nordeste

    O complexo regional do Nordeste vai desde a porção leste do Maranhão até o norte de Minas Gerais, incluindo todos os estados nordestinos. Abrange cerca de 30% do território nacional.

    É a região onde ocorreu o processo de povoamento do país. Possui grandes contrastes naturais e socioeconômicos entre as áreas litorâneas, mais urbanizadas, industrializadas e desenvolvidas economicamente, e o interior com predomínio de clima semiárido e grandes problemas sociais.

    As principais atividades econômicas desenvolvidas nesse complexo regional são:

    Meio Norte – extrativismo vegetal, agricultura tradicional de algodão, cana-de-açúcar e arroz.

    Sertão – pecuária extensiva e de corte, agricultura (milho, feijão e cana-de-açúcar) e o cultivo irrigado de frutas e flores. Nas áreas litorâneas ocorre a extração de sal. Também há a presença de indústrias (polo têxtil e de confecções).

    Zona da Mata – predominam as grandes propriedades agrícolas que praticam a monocultura canavieira destinada para a exportação do açúcar. Além da cana, ocorre o cultivo do cacau e do fumo. Destaca-se também a produção de sal marinho, principalmente no Rio Grande do Norte.

    Agreste – a principal atividade econômica nos trechos mais secos do agreste é a pecuária extensiva; nos trechos mais úmidos é a agricultura de subsistência e a pecuária leiteira.

    Por Wagner de Cerqueira e Francisco

    Graduado em Geografia

    https://brasilescola.uol.com.br/brasil/as-regioes-geoeconomicas-brasil.htm

  • ERRADO.

    A divisão feita pelo IBGE é aquela que todo mundo conhece desde pequeno (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul), sendo cinco e não três regiões como na questão, caracterizadas por se dividirem nas fronteiras estatais.

    Por outro lado, vale ressaltar que a regionalização brasileira em regiões geoeconômicas segue o critério de delimitação por aspectos naturais e econômicos e não de fronteiras estatais.

  • Além da divisão geoeconômica clássica em 3 macrorregiões (Amazônia, Sudeste e Centro-Sul), temos também a divisão Técnico-científica informacional, que subdivide o País em 4 microrregiões.

    São elas: Amazônia, Nordeste, Centro-Oeste e Concentrada.

  • JUSTIFICATIVA DA CESPE/CEBRASPE- ERRADO. A regionalização geoeconômica proposta pelo geógrafo Pedro Geiger, em 1967, constitui-se de três macrorregiões, mas não seguiu as divisões dos estados brasileiros como a regionalização oficial do IBGE. Geiger criticou as regionalizações feitas pelo IBGE, por seguirem a divisão fronteiriça dos estados e não abarcarem corretamente estudos geoeconômicos regionais em um período de crescimento econômico e de primórdio de desconcentração industrial, assim como de desigualdades de poder existentes entre o Centro-Sul, como região concentrada; o Nordeste, como de ocupação primordial e histórica; e a Amazônia, como fronteira do capital mediante os recursos a serem explorados. 

    Espero ter ajudado.

    Bons estudos

  • (E)

    A regionalização brasileira em regiões geoeconômicas, não respeita as fronteiras politicas administrativas dos estados da federação.

  • A regionalização brasileira em regiões geoeconômicas seguiu o critério de delimitação de fronteiras estatais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dividindo-se o Brasil em três macrorregiões. ERRADA

    A regionalização brasileira foi desenvolvida por estudiosos a fim de facilitar a compreensão das especificidades regionais e favorecer a efetividade de politicas públicas. Por isso, essa divisão não se baseia na divisão de fronteira proposta pelo IBGE (26 estados e DF), mas sim em semelhanças de formação cultural e econômica). Baseado nisso, estudiosos propuseram diferentes divisões, entre elas, destaca-se a de Geiger em que as regiões geoeconômicas são três: Amazônia, Centro-sul e Nordeste. Nessa organização, o norte de Minas Gerais pertence a região Nordeste devido a semelhanças econômicas e sociais, evidenciando, dessa forma, o agrupamento pautado em características comuns. Destaca-se, também, a regionalização criada por Milton Santos a qual se fundamentou no conceito de "meio técnico científico informacional". Nela as regiões foram organizadas em Amazônica, Nordeste, Centro-Oeste e Concentrada.

    fonte: https://www.youtube.com/watch?v=e8jJbdfw2cw

  • O geografo brasileiro Pinchas Geiger foi quem dividiu o Brasil em três regiões econômicas: Amazônia, Centro-Sul e Nordeste

  • A divisão do Brasil em três grandes regiões foi elaborada por Pedro Pinchas Geiger – e não pelo IBGE.

    Resposta: Errado

  • Bloco 02 Revisando

    ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO

    I.       O IBGE NASCIDO EM 1940 DIVIDIU AS UNIDADES FEDERATIVAS EM MACRORREGIÕES:

    1)    NORDESTE: Possui graves problemas sociais e apresenta Sub-Regiões.

    Ø ZONA DA MATA FLORESTA TROPICAL (Mata Atlântica):

    ·        Clima tropical úmido, quente, e chuvoso, que favoreceu ao desenvolvimento da floresta tropical (mata com grande diversidade de espécies da fauna e flora).

    ·        É a região mais importante do nordeste do ponto de vista econômico.

    ·        Esta concentra os seguimentos industriais, têxtil e alimentícia.

    ·        Desenvolvem-se atividades ligadas ao meio rural, predominando os latifúndios monocultores de cana-de-açúcar, fumo e cacau, que atendem ao consumo industrial interno e ao comercio exterior.

    Ø AGRESTE:

    ·        Apresenta características naturais tanto da zona da mata (Floresta tropical) como do sertão (Cerrado + Caatinga).

    ·        Propriedades rurais policultoras, que produzem principalmente mandioca, feijão, milho e hortaliças.

    ·        Criação de gato para o fornecimento de leite e seus derivados.

    Ø SERTÃO: CERRADO + CAATINGA:

    ·        Clima semiárido, com temperaturas elevadas e duas estações, uma seca e a outra chuvosa.

    ·        É a maior das Sub-Regiões. Mais de 50% do território nordestino.

    ·        A pecuária bovina e agricultura de subsistência são as principais atividades econômicas.            

    Ø MEIO-NORTE: MATA DOS COCAIS:

    ·        Área de transição entre o Sertão e a Amazônia.

    ·        Encerra-se a zona dos cocais, área de vegetação peculiar, caracterizada por extensos babaçuais.

    2)    AMAZÔNIA FLORESTAS EQUATORIAIS:

    Ø Apresenta ainda grandes vazios demográficos com baixa densidades demográficas)

    Ø Encontram-se os mais numerosos grupos indígenas.

    3)    CENTRO-SUL:

    Ø Região mais industrializada com maior densidade rodoferroviária (atualmente maiores rotas rodoviárias); melhores e maiores universidades; maiores cidades.

  • Não seguiu os limites das fronteiras dos estados.

  • GAB: ERRADO

    3 IMPORTANTES DIVISÕES PARA SE LEVAR PARA PROVA.

    · IBGE (1988) – Critérios fisiógraficos - OFICIAL

     ↳ (5 macrorregiões – Norte, Nordeste, Sul, Sudeste, Centro-Oeste)

    · COMPLEXOS GEOECONÔMICOS – Pedro Pinchas Geiger

     ↳ (3 Macrorregiões – NordesteS, AmazôniaS, Centro-Sul)

    · MEIO TECNICO-CIENTIFICO-INFORMACIONAL – Milton Santos

     ↳ (4 Macrorregiões – Amazônia, Nordeste, Centro-Oeste, Concentrada)

    .

    @GlockFederal

    Não tem outra opção! Persista!

  • São 5 MACRORREGIÕES

    Apesar da atecnia ao dizer que há "fronteira" entre estados, não podemos dizer que isso levaria a uma incorreção...

    COMPLEMENTO:

    FRONTEIRA - PAÍS

    DIVISA - ESTADO

    LIMITE - MUNICÍPIO

  • Essa divisão em 3 regiões geoeconômicas não respeita a fronteira estatais. Um exemplo que posso dar a vcs é o Maranhão, que nessa divisão em 3 regiões, metade dele foi para região amazônica e a outra parte ficou no nordeste. Além dele, pode-se citar tbm Minas Gerais, aonde parte do norte do estado ficou na região nordeste.

  • A famosa "CORE ÁREA" - AMAZÔNIA, NORDESTE E CENTRO-SUL - formam um espaço não delimitado por fronteiras (como afirma a questão).

  • erro da questão (fronteiras estatais)

  • O IBGE dividiu as regiões brasileiras em 5 Macrorregiões (respeitando as delimitações dos estados)

    São elas:

    Norte

    Nordeste

    Centro Oeste

    Sul

    Sudeste

    Gabarito: E

  • ERRADO

    · COMPLEXOS GEOECONÔMICOS – Pedro Pinchas Geiger

     ↳ (3 Macrorregiões – NordesteS, AmazôniaS, Centro-Sul)

  • As regiões geoeconômicas foram criadas conforme características geopolíticas e financeiras de entre áreas dos Estados e não de suas fronteiras físicas.

    GAB: E

  • MACRORREGIÕES COMPLEXOS GEOECONÔMICOS

    MACRORREGIÕES: Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-oeste

    COMPLEXOS GEOECONÔMICOS: Amazônia, Nordeste e Centro-oeste

  • A atual regionalização do Brasil é fruto do avanço de pesquisas anteriores que defenderam diversas formas de dividir o país em regiões no passado. As regiões servem para efeito de estudos científicos, fins educacionais e de planejamento governamental. Em seu estudo é necessário conhecer quais são as regiões, suas principais características e a diferenciação entre elas. Sobre as regiões geoeconômicas brasileiras, julgamos o item a seguir.

    Análise do item:

    Como a própria nomenclatura sugere a regionalização brasileira em regiões geoeconômicas segue critérios de distribuição espacial de atividades econômicas agrupando as regiões de acordo com suas especializações produtivas entre outros critérios igualmente baseados em informações econômicas. 


    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO

  • "As regiões geoeconômicas do Brasil não seguem os limites das fronteiras dos estados, visto que seus critérios mais importantes são os aspectos sociais e econômicos, havendo grande dinamismo na delimitação espacial."

    A divisão regional oficial do Brasil é aquela estabelecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo composta por cinco complexos regionais: Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul.

    No entanto, além dessa regionalização do território nacional, existe outra divisão regional (não oficial), conhecida como regiões geoeconômicas do Brasil: a Amazônia, o Nordeste e o Centro-Sul. 

    Fonte : mundoeducacao.uol.com.br

  • ERRADO!

    Além da divisão regional brasileira composta por cinco macrorregiões (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste), existe outra divisão do território nacional (ainda não oficial).

  • A regionalização brasileira em regiões geoeconômicas seguiu o critério de delimitação de fronteiras estatais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dividindo-se o Brasil em 5 (CINCO) macrorregiões.

  • Regiões Geoeconômicas - proposta por Pedro Pinchas Geiger, as regiões não se delimitam às fronteiras nem obedecem aos limites político-administrativos, e sim, por complexos geoeconômicos/processos socioeconômicos semelhantes. São elas: Amazônia, Nordeste e Centro-Sul.

    Macrorregiões, pelo IBGE, Norte, Sul, Sudeste, Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Fins estatísticos para a melhor compreensão da organização do espaço brasileiro; foco: diversidade cultural, econômica...(IBGE).

  • · IBGE (1988) – Critérios fisiógraficos - OFICIAL

     ↳ (5 macrorregiões – Norte, Nordeste, Sul, Sudeste, Centro-Oeste)

    · COMPLEXOS GEOECONÔMICOS – Pedro Pinchas Geiger

     ↳ (3 Macrorregiões – NordesteS, AmazôniaS, Centro-Sul)

    · MEIO TECNICO-CIENTIFICO-INFORMACIONAL – Milton Santos

     ↳ (4 Macrorregiões – Amazônia, Nordeste, Centro-Oeste, Concentrada)