LETRA A: "As famílias dos toxicodependentes são apontadas como emaranhadas, com ausência de uma clara definição das normas hierárquicas ou com inversão da própria hierarquia geracional, com limites difusos e com enormes dificuldades de separação escondendo ou mascarando os seus conflitos (Relvas, 1998). "
LETRA B: "Segundo Hawkins, Catalano e Miller (1992) e Brown, Mounts, Lamborn e Steinberg (1993) o mecanismo familiar identificado como diferenciador das famílias Rev. SBPH vol.14 no.2, Rio de Janeiro - Jul/Dez. - 2011 231 com o problema da toxicodependência relaciona-se com o exercício do poder ou da autoridade parental. Na realidade é a atitude permissiva dos progenitores o que mais pesa nessa equação. Por sua vez, Jurich, Polson e Bates (1985) colocam a tónica na inconsistência da disciplina e na forma como os pais e filhos lidam com as situações de stress evitando as responsabilidades. "
LETRA D: " Canavarro e colaboradores (1993) definem recursos como a capacidade da família para prevenir situações de stress que possam descompensar o sistema familiar, englobando duas dimensões: orgulho e entendimento familiar. O orgulho reporta-se a valores da vivência relacionados com a abertura, o diálogo, a confiança, a lealdade e o respeito. O entendimento familiar corresponde à capacidade em saber executar tarefas, enfrentar problemas e relacionar-se.
LETRA E: "Estudos revelam uma incidência elevada de situações de crise e de ruptura nas famílias dos toxicodependentes (Castro, Maria, Ortiz, Caudillo, Chavez e Ana, 1985; Tec, 1974), com níveis de coesão baixos, sendo os seus membros pouco valorizados e pouco reconhecidos (Cannon, 1976). Normalmente, a família apercebe-se da toxicodependência quando os consumos aditivos já se encontram instalados e/ou por pessoas exteriores (Rosa et al., 2000; Relvas, 1998; Fleming, 1995). Quando confrontada com a realidade, a família reage habitualmente tentando ajudar o toxicodependente. Assim, com vista à reabilitação dos indivíduos adictos torna-se necessário incluir as famílias no tratamento e trabalhar as relações existentes entre os seus membros (Stanton & Shadish, 1997).
FONTE: Rev. SBPH vol.14 no.2, Rio de Janeiro - Jul/Dez. - 2011 -