De acordo com Peirce, signo é algo que substitui algo, para alguém, em certa medida e para certos efeitos; define-se como “qualquer coisa que conduz alguma outra coisa (seu interpretante) a referir-se a um objeto ao qual ela mesma se refere (seu objeto), de modo idêntico, transformando-se o interpretante, por sua vez, em signo, e assim sucessivamente, ad infinitum”. É de se notar que o termo “interpretante” refere, na nomenclatura semiótica peirceana, o signo equivalente que se cria na mente da pessoa a quem o signo se dirige. A cadeia infinita de signos revela, então, o traço que permite caracterizar o ser humano como um incansável produtor de signos, presentes em todas as civilizações e culturas, até porque, ocorrendo no seio de um grupo social, o signo é um fato culturalizado. Não terá fim a capacidade semiótica do homo significans. Por conseguinte, o significado de um signo é um outro signo. Ou seja, o olhar vai resignificar o signo [minhas palavras].
A linguística de Saussure funciona a partir de dois princípios fundamentais na análise do signo: 1) um princípio de arbitrariedade, pois a ligação que une significante e significado não é determinada de um local externo à língua e não há nenhuma necessidade da união de um dado significante com um dado significado; e 2) um princípio de linearidade do significante, pois sua natureza é auditiva e sua expressão, seja na fala ou na consciência, se dá através do aparecimento consecutivo de um signo após o outro na linha do tempo.
Por isso que a IV está errada, pois esse é o signo para Saussure, não para Peirce.