- ID
- 3021550
- Banca
- IF-SP
- Órgão
- IF-SP
- Ano
- 2019
- Provas
- Disciplina
- Conhecimentos Gerais
- Assuntos
José de Souza Martins, em O Cativeiro da
Terra, faz referência a uma série de esquemas
interpretativos do processo de industrialização
brasileiro que tinham como premissa uma ideia
que, segundo o autor, não levava em “[...] conta a
duplicidade de moedas do Brasil de então, com o
mil-réis como moeda do residual mercado interno
e as moedas estrangeiras, principalmente o franco,
como moeda dos importados. Uma sociedade em
que na elite dos fazendeiros havia os que na fazenda tomavam até sopa desidratada importada, como
ocorria com os avós de Tarsila do Amaral, enquanto o colono se contentava com a serralha que brotava espontaneamente no meio do cafezal, como
mistura de seu feijão com farinha. Poupava seus
restritos ganhos monetários para emancipar-se
em relação à fazenda, evitando consumi-los com
o que não fosse além do vestuário e das despesas
inevitáveis, como as que se fazia com médicos e
remédios. Duas lógicas diversas de consumo, de
inserção no mercado e de mercado”.
(MARTINS, José de Souza. O Cativeiro da Terra. 9. ed.
Revista e ampliada. São Paulo: Contexto, 2010. p. 216-217).
O argumento de Martins: