Quem são estes desgraçados?...
São os guerreiros ousados...
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão...
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...
Trechos do poema "Navio Negreiro", Castro Alves,
publicado como forma de denunciar a continuidade
do tráfico de escravos, uma década depois da
promulgação da lei que proibiu o horrendo
comércio. Assinalar a alternativa com a lei e data
da promulgação.