- ID
- 3025051
- Banca
- FUMARC
- Órgão
- SEE-MG
- Ano
- 2018
- Provas
- Disciplina
- Atualidades
- Assuntos
Em Meados de 2013, diante do evento esportivo mundial denominado “Copa das Confederações”,
realizado no “País do Futebol”, eclodiram inumeráveis manifestações populares. Pessoas de diversas
localidades ocuparam as ruas das cidades. Esses eventos ficaram conhecidos por “Jornadas de Junho”. [...] As Jornadas de Junho no Brasil podem ser vistas como um desdobramento de um sentimento maior, em nível mundial, que teve seus prelúdios em 2011, com a eclosão simultânea e contagiosa de movimentos sociais e manifestações de protestos com reivindicações particulares em várias
regiões do planeta, mas com formas de luta muito assemelhadas e consciência de solidariedade mútua. [...] As Jornadas de Junho foram plurais, assim como múltiplos foram os atores em cena. Não
foram movimentos hegemônicos. Nem mesmo quando se observam ações ocorridas na mesma cidade e no mesmo momento de concretização. Historicamente, o povo brasileiro foi sistematicamente
alvo de tentativa de exclusão da ação na vida republicana, seja pelo uso da força seja por uma cultura
política assistencialista e da dádiva. A historicidade das relações de poder no Brasil seriam a expressão exemplar do ressentimento social. Por outro lado, constrói-se um modelo de democracia que não
é capaz de construir os espaços da escuta e da fala. Colônia, Império e República, em cada tempo
histórico, o Brasil construiu seus ressentidos. Alimentou-os. [...] Mais do que “reivindicar a voz daqueles que são obrigados a sofrer calados”, é necessário construir uma via de emancipação e autonomia
política. (Texto adaptado de COTTA, Francis Albert. Vozes das Ruas: Ressentimentos Sociais e Manifestações Populares em Junho de 2013. Belo Horizonte: Edições Superiores, 2017, p. 23-30 e 161-
163).
Na explicação das Jornadas de Junho como movimentos plurais, é CORRETO afirmar: