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ID
3035446
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
EBSERH
Ano
2018
Provas
Disciplina
Fisioterapia
Assuntos

Os acidentes vasculares cerebrais (AVC) são as causas mais comuns das hemiplegias, quadros clínicos para os quais os fisioterapeutas comumente são indicados a tratar. Com relação aos aspectos clínicos que direcionam o tratamento das hemiplegias e às práticas aplicadas nesse tratamento, julgue o item subsecutivo.


Durante o início do treinamento de marcha do paciente hemiplégico, pode-se permitir que ele descarregue o peso corporal sobre o membro parético, ainda que o joelho permaneça hiperestendido e o pé permaneça em equino, uma vez que, nessa etapa do tratamento, o treinamento da fase de oscilação da marcha é o mais relevante.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO ERRADO

    Na FASE AGUDA ou de choque ( 3 a 4 meses após o AVE) o hemicorpo afetado cursa com flacidez, evoluindo normalmente para a espasticidade típica da lesão córtico-espinhal, levando ao padrão postural hemiplégico crônico.Essa fase é determinante para as aquisições mecânicas, ainda não estão instaladas todas as alterações provenientes da patologia, como as mudanças de tônus, sensibilidade e reflexos.

    A FASE CRÔNICA é caracterizada por hipertonia muscular e hiperreflexia, ela tem início por volta de cinco meses pós o ocorrido e prossegue por toda vida do indivíduo.

    As alterações principais da MARCHA desse paciente são membro inferior estendido e incapacidade de dorsiflexionar o pé para afastá-lo do solo .As características da marcha de um paciente hemiplégico consistem no membro superior fletido, ombro aduzido e punho pronado, impedindo o balanceio dos braços. O membro inferior fica em extensão, dificultando a flexão de quadril e joelho, resultando, em abdução do membro inferior para a realização da troca de passos. O paciente caminha trançando o membro inferior comprometido em semicírculos com o pé em inversão (marcha helicóide, ceifante ou hemiplégica).A marcha hemiplégica caracteriza-se por apresentar velocidade baixa e movimentos mal coordenados, com passos mais curtos, maior duração do apoio e menor duração da fase de balanço no lado afetado do que do não afetado.Durante a deambulação uma pessoa com hemiplegia apresenta um aumento da espasticidade de membro superior devido a reações associadas, controle de tronco deficiente e falta de equilíbrio.

    BOBATH (1978) diz que o paciente tem que, em primeiro lugar, aprender os movimentos mais primitivos do tronco, antes que seja tentada a reabilitação do braço e da perna, antes de encorajar o paciente hemiplégico à marcha, precisa-se ter praticado e obtido algum controle na posição ortostática com pés paralelos , no apoio do passo, e na sustentação de peso unilateral de cada perna.

    Na fase de apoio, os grupamentos musculares mais ativados são os abdutores (glúteo máximo, glúteo médio e o tensor da fáscia lata), eretores da coluna lombar, pré-tibiais (tibial anterior), panturrilha (tríceps sural), quadríceps e isquiotibiais. Já na fase de balanço ou oscilação, os grupos musculares mais ativados são os adutores, pré-tibiais (tibial anterior) e isquiotibiais (ENOKA, 2000).

  • Primeiro deve corrigir a hiperextensão do joelho e o pé equino (com uma órtese, por exemplo) e depois descarregar o peso e treinar marcha. Se inverter o processo o indivíduo pode evoluir para uma padrão de marcha incorreto.