A Sagração da Primavera, do compositor erudito russo Igor Stravinsky, subverte a estética musical do século XX, dando origem ao . A célebre composição musical deste irreverente artista do século passado é hoje considerada um símbolo da musicalidade erudita, mas na época causou polêmica ao embalar o balé em dois atos criado pelo não menos rebelde Vaslav Nijinsky, coreógrafo também originário da Rússia.
Este espetáculo narra a trajetória de uma garota marcada para ser entregue como oblação à divindade primaveril, no auge de um ritual pagão, com o objetivo de conquistar para seu povo uma colheita proveitosa. Seu cenário foi arquitetado pelo artista plástico e arqueologista Nicholas Roerich, e a estréia se deu em pleno Théâtre des Champs-Élysées, na capital francesa, no dia 29 de maio de 1913.