Existem dois tipos de transplante de córnea, de acordo com o número de camadas transplantadas.
A córnea contém cinco camadas, no entanto, em caso de transplante nem sempre é necessário transplantar todas as camadas.
Se todas elas forem transplantadas, dizemos que o transplante é penetrante, por sua vez, se apenas parte das camadas forem transplantadas dizemos que se trata de um transplante lamelar.
Mediante a patologia e de acordo com algumas situações o médico especialista em córnea, opta por efetuar o tipo de transplante mais adequado ao doente.
O transplante de córnea penetrante envolve o transplante de todas as camadas da córnea do dador. Neste tipo de transplante a rejeição do enxerto é mais elevada do que nos enxertos lamelares e o tempo de recuperação e os erros refrativos são consideravelmente superiores.
Pelos motivos apontados, normalmente, este tipo de transplante é utilizado apenas nos casos em que o transplante lamelar não é de todo possível.
No transplante de córnea lamelar, o cirurgião substitui apenas algumas das camadas da córnea.
No transplante lamelar de córnea, as camadas são selecionadas e transplantadas, o que pode incluir a camada mais profunda (posterior), o chamado endotélio (transplante de córnea lamelar posterior). Uma versão comumente realizada desse procedimento é o de Descemet Stripping Automated endotelial Keratoplasty (DSAEK). Se, por outro lado, o transplante incluir as camadas mais próximas da superfície (anterior), então designamo-lo por transplante de córnea lamelar anterior.
Habitualmente, o transplante lamelar é mais adequado do que o transplante penetrante completo quando o processo de doença se limita apenas a uma porção da córnea.
Fonte: https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/oftalmologia/transplante-de-cornea/