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ID
305515
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2005
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Escravidão negra, latifúndio e monocultura. No início da
década de 60 do século XX, afirmava-se ser esse o conjunto de
fatores em que se assentara a economia brasileira do século XVI ao
XIX, como resultado da sua forma de integração ao mercado
mundial na qualidade de área subsidiária da Europa, como
produtora de artigos tropicais e, posteriormente, de metais
preciosos. Essa visão, excessivamente reducionista, com
freqüência, associava-se à atualmente criticada concepção dos
ciclos econômicos. Não se negava, mas minimizavam-se, em forma
decisiva, a presença e a importância de outras relações de produção
que não a escravidão de africanos e de seus descendentes. Era uma
historiografia que não vislumbrava a considerável complexidade
econômico-social brasileira.
Se considerarmos somente as partes do Brasil que, em cada
época, concentram principalmente a população e as produções
coloniais, tornar-se-á possível perceber quatro fases no que
concerne à história do trabalho:
1) 1500-1532: período chamado pré-colonial, caracterizado por
uma economia extrativista baseada no escambo com os índios;
2) 1532-1600: época de predomínio da escravidão indígena;
3) 1600-1700: fase de instalação do escravismo colonial de
plantation em sua forma clássica;
4) 1700-1822: anos de diversificação das atividades, em razão da
mineração, do surgimento de uma rede urbana, e de posterior
importância da manufatura — embora sempre sob o signo da
escravidão dominante.

Ciro Flamarion Santana Cardoso. O Trabalho na colônia.
In: Maria Yedda Linhares (org.). História geral do Brasil.
Rio de Janeiro: Campus, 1996, p. 78-9 (com adaptações).

Considerando o texto acima como referência inicial, julgue os itens
seguintes, relativos ao contexto colonial brasileiro.

Por “considerável complexidade econômico-social brasileira”, expressão utilizada no final do primeiro parágrafo, entende-se uma realidade colonial em que, além das evidentes funções determinadas pela exploração mercantilista, como a de produzir para o mercado externo, a colônia também apresentava dinamismo econômico interno, o qual explica a diversidade de atividades produtivas e de relações de trabalho nesse período.

Alternativas
Comentários
  • Se toda mercadoria produzida era voltada para o comércio externo, e a base era monocultura,  por que a afirmativa ta certa?
  • Quando os portugueses chegaram, o país nunca teve várias produções bases na fonte da economia local ao mesmo tempo, segundo as histórias, os mesmos foram explorados em períodos, onde o insucesso de um, gerava a oportunidade do outro. A exemplos: extração do pau-brasil, cana de açucar, metais preciosos, café, etc.

    Não entendi o porque da resposta correta ser a "Errado".

    Por favor, me ajudem!
  • Está questão só pode ser errada!

    Do texto infere-se que no período colonial a realidade brasileira limitava-se a qualidade de "área subsidiária da Europa". Visão reducionista da complexidade econômico-social brasileira.

    Bons estudos!

  • O autor faz uma crítica àquela historiografia que reduzia as relações de produção, aqui efetuadas, ao escravismo.

    "Não se negava, mas minimizavam-se, em forma
    decisiva, a presença e a importância de outras relações de produção
    que não a escravidão de africanos e de seus descendentes."

    Houve, então, diversidade das ações produtivas na américa portuguesa.

    Certo!