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GABARITO: D
A BR-153, criada nos anos 50 pelo presidente Juscelino Kubichek, é a grande responsável pelo desenvolvimento econômico do Tocantins. Conhecida pelos nomes de Rodovia Transbrasiliana, Rodovia Belém-Brasília e Rodovia Bernardo Sayão, a estrada foi construída antes do surgimento do estado e o seu projeto foi encampado pelo engenheiro Bernardo Sayão.
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Retificando o gabarito da amiga Clevia Almeida, alternativa: A - Bernardo Sayão
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Bernardo Sayão nasceu em 18 de Junho de 1901, na cidade do Rio de Janeiro. Em 1923 formou-se pela Escola Superior de Agronomia e Medicina Veterinária de Belo Horizonte. Em 1956, Sayão foi nomeado diretor da Novacap, alguns meses após assumir o cargo, em novembro do mesmo ano, ele se mudou com toda a família para Brasília. Ele foi o primeiro engenheiro a se mudar para a cidade e quando chegou, ainda não havia casa pronta. Sayão era apaixonado pela construção de estradas e trabalhou nas obras de ligação Brasília-Goiânia, Brasília-Anápolis e Brasília-Cristalina-Paracatu. No dia 15 de Janeiro de 1959, Sayão trabalhava na construção da estrada no estado do Pará, quando uma enorme árvore foi cortada e caiu exatamente sobre a barraca em que ele estava. Ele morreu no mesmo dia, dentro de helicóptero que o levava em busca de socorro médico. Foi a primeira pessoa a ser enterrada em Brasília, no cemitério batizado de Campo da Esperança, local que ele mesmo demarcava havia menos de dois anos.
Fonte: Museu Virtual Brasília
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O SETOR TERCIÁRIO (comércio e serviços) é o principal responsável pela formação do PIB estadual. No âmbito estadual, esse segmento da economia se concentra na capital e nas cidades localizadas próximas à BR-153, onde o fluxo de pessoas é intenso. A propósito, a formação do Estado do Tocantins guarda estreita relação com a Rodovia Federal BR-153, também conhecida popularmente, em parte de seu trecho, como Belém-Brasília. Muitas cidades tocantinenses têm sua origem relacionada à construção dessa via, que teve seu projeto encampado pelo engenheiro Bernardo Sayão.
Além disso, esta rodovia corta o estado de norte a sul e possibilita um melhor desempenho no crescimento econômico das cidades localizadas às suas margens, servindo como entreposto de transportes rodoviários e de serviços a viajantes. A BR-153 também facilita o escoamento da produção do Tocantins para outros estados e para portos no litoral.
Resposta: A
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Aprofundando...
Na década de 50 a presidência da República foi de Juscelino Kubitschek, cujo projeto de governo era baseado no pensamento “nacional desenvolvimentista”, ou seja, buscar a modernização a qualquer custo e através da abertura de mercado para as potências industrializadas, pois a ideia era ao menos usufruir dos avanços da tecnologia e capitais de que não dispúnhamos, já que não tínhamos condições de competir. Uma modernização administrada pelo Estado que investiria pesado em obras de infraestrutura, mas o capital era principalmenteinternacional. Seu programa ficou conhecido como plano de metas, que prometia desenvolver o país 50 anos em 5. As metas eram: Industrialização, transporte, energia, educação e saúde. Toda a gestão foi concentrada nas 3 primeiras metas. Um dos desafios era integrar o território nacional através de rodovias construídas com tecnologia estrangeira e mão de obra nacional, para estimular o fluxo de automóveis, que seriam comprados das multinacionais. O automóvel e a rodovia são símbolos de seu governo e inaugurou uma tradição “rodoviarista” nas ações de integração do Estado, que permaneceu ao longo das décadas seguintes. Um dos maiores emblemas foi a construção da Rodovia Belém-Brasília. O nome não é o de uma rodovia, mas de um trecho compostos por várias rodovias interligadas e que faz parte de um projeto de integração maior, a BR-153, uma rodovia também chamada de Transbrasiliana, portanto o trajeto rodoviário que liga Anápolis à Belém é uma parte da transbrasiliana. Para a construção foi criada a RODOBRÁS em 1958, uma autarquia para administrar a obra. O engenheiro responsável foi Bernardo Sayão que abriu todo o trajeto e construiu a ponte do Estreito sobre o rio Tocantins na divisa com o Maranhão e a do rio Guamá, no estado do Pará. A rodovia só foi asfaltada nos governos militares e concluída no governo do Gal Médice. A Belém-Brasília atravessa os estados do Pará, Maranhão, Tocantins e Goiás...