Voltando à questão do logos, pode-se ainda dizer que este – de maneira análoga à mousiké –
também é ouvido primeiramente como totalidade (ou sentido), como manifestação abrupta e
insistente, que não depende de interpretações para avalizá-lo. Daí o entrelaçamento dos
conceitos e seus respectivos atributos, colocando-os praticamente como sinônimos,
indiferenciados em sua generalidade.
Portanto, é essa singularidade que confere à mousiké sua equivalência com o logos. Não fora
mero acaso que a música se tornasse a base da cultura geral grega e, em certo sentido, o que
distinguisse o homem culto do inculto. Se não houvesse tal singularidade, ela não teria
alcançado esse patamar, tampouco seria uma das bases do paideuma grego.
Lia Tomás.
O texto aponta para uma relação entre logos e mousiké em que se coloca uma compertinência
necessária entre ambas, porque: